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Dia 4 de outubro – Salve Pai Seráfico: São Francisco de Assis, Espelho da Perfeição.

Caro (a) leitor (a), PAZ E BEM! No próximo dia 04 de outubro, celebramos solenemente a festa do “Pobre de Assis! Irmão Universal! Serafim de Assis”. Giovanni di Pietro di Bernadoni, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis 05/07/1182 – 03/10/1226), foi um frade católico da Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como franciscanos; da Clarissas; Ordem Franciscana Secular; que renovam o catolicismo de seu tempo: pela pregação itinerante, pelo seguimento do Evangelho a risca, vendo bondade e maravilha na Criação, tendo uma visão positiva da natureza humana. Ainda hoje é uma mensagem viva que encanta: cristãos e não cristãos, crentes e não crentes.

São Francisco de Assis, todo debilitado, com voz fraca, sumida, entoa o Salmo 142: Você mea ad Dominum clamavi (“Com minha voz clamei ao Senhor…”). O Salmo vai sendo entoado pouco a pouco, e ao chegar no versículo Educ de custodia animam meam (“Arranca do cárcere minha alma, pra que vá cantar teu nome, pois me esperam os justos e tu me darás o galardão”). Faz-se grande e profundo silêncio. Acabara de morrer, cantando, Francisco de Assis, em 03 de outubro de 1.226.
Quero hoje apresentar-lhes uma carta datada de 1226, comunicando o passamento do “homem todo católico e apostólico”, chamado Francisco de Assis.

É a Carta de Frei Elias sobre a morte de São Francisco: ”Ao estimado irmão em Cristo, Frei Gregório e a todos os frades, Frei Elias, pecador, manda sua saudação. Antes mesmo de começar a falar, eu suspiro e choro porque aquilo que eu temia se abateu sobre mim e se abateu sobre vocês. Quero dizer, despediu-se de nós o nosso consolador, aquele que nos levava como ovelhas em seus braços, cheios de ternura, e mudou-se, como se um fosse um peregrino, nas alturas do céu, ele que fora tão privilegiado por Deus e amado pelos homens.

A presença de nosso irmão e pai Francisco era verdadeira luz, não somente para nós mais achegados a ele em razão da vida e da fé, mas também para os mais afastados: luz provinda da suprema Luz para dissipar as trevas e ‘guiar no caminho da paz e da eterna salvação os que jazem na sombra da morte’. Feito sol radiante, o seu coração resplandecia no firmamento, aclarando o Reino de Deus. No fogo do seu amor os espíritos se empolgavam; os corações dos pais abriam-se à benevolência dos filhos; os imprudentes revestiam-se da prudência dos justos e preparava-se, no mundo inteiro, um novo povo para o Senhor.
Até os mais longínquos confins da terra o seu nome é celebrado e seus maravilhosos feitos são objeto de admiração no universo todo. Portanto é necessário banir de vocês toda tristeza; e se vocês quiserem chorar, chorem por vocês mesmos e não por ele; porque nós, mais do que estar na vida, somos presa da morte, ao passo que ele passou da morte para a vida.

E agora transmito a vocês uma grande notícia a respeito de um milagre verdadeiramente novo. De fato, no decorrer da história, nunca se conheceu ter acontecido um fato semelhante a não ser em Cristo, Filho de Deus. Não muito tempo antes de morrer, Francisco apareceu crucificado, levando em seu corpo as cinco chagas iguais aos estigmas de Cristo. Portanto, meus irmãos, bendigam ao Senhor a agradeçam-no porque manifestou a nós a sua misericórdia, e guardem a memória de nosso irmão e pai Francisco para glória daquele que quis glorificá-lo diante dos homens e dos anjos. E orem a ele mesmo para que, pela sua intercessão, o Senhor nos conceda participar de sua santa graça. Amém”.

Caros irmãos leitores do jornal A GAZETA, é confortadora e edificante a lembrança das pessoas queridas que, após haverem cumprido com fidelidade a própria missão neste mundo, partem para a casa do Pai, enriquecidas de méritos pelos bens que praticaram ao longo da vida. São Francisco, pobre e humilde, aos 44 anos de idade, entrou rico no céu. Roguemos a ele, que nos ajude a realizarmos a nossa missão com fidelidade, e um dia poder celebrar na casa do Pai da Grande Família Humana, os louvores ao Altíssimo e Onipotente bom Senhor. Paz e Bem!

“Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã a morte corporal, da qual nenhum vivente pode escapar” (São Francisco de Assis, Cântico do Irmão Sol).

Frei Paulo Roberto, Ordem dos Frades Menores Capuchinhos – OFM Cap.
Pároco da Paróquia de Bom Jesus do Abunã em Plácido de Castro – Acre.
Diretor Espiritual do Grupo Amigos de Francisco e Clara, que se reúnem todo 4º Domingo do mês na Paróquia Santa Inês às :07:00 horas.

A Gazeta do Acre: