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Prefeito Marcus Alexandre destaca que seu objetivo é trabalhar para desenvolver Rio Branco

Dando continuidade à rodada de entrevista com os candidatos a prefeitura de Rio Branco, o Jornal A GAZETA conversou nesta semana com o atual prefeito, Marcus Alexandre (PT). O candidato à reeleição falou acerca dos principais pontos de seu plano de governo, caso seja reconduzido ao cargo.

Questionado quanto ao motivo que o levou a concorrer à reeleição, Marcus Alexandre falou sobre a continuação do trabalho iniciado quando assumiu o cargo há cerca de três anos e oito meses.

Com relação às prioridades em sua nova gestão, caso reeleito, o atual prefeito disse que será a Educação. Sempre coloco que a principal ação de uma gestão é a educação. Então, vamos continuar com essa prioridade. Tivemos nesse período a criação de 4.100 vagas para crianças até cinco anos, implantando oito novas creches. Temos mais cinco unidades em fase final de construção. Vamos atingir a meta das cinco mil vagas e buscar fortalecer cada vez mais a educação.

Colocando fim aos rumores de que poderá sair candidato ao Governo do Estado nos próximos anos, ele foi categórico em afirmar que não existe a possibilidade, pelo menos por hora. “Não está no meu projeto de vida concorrer a novas eleições, fora esta que já está acontecendo. Não sou um carreirista, que mal terminou uma eleição e já começa a pensar em outra. Quando fui eleito em 2012, assumi o compromisso de governar por quatro anos e assim tenho feito. Dessa forma não será diferente”. Confira a entrevista

A GAZETA – O que o levou a sair candidato à reeleição?

Marcus Alexandre – O meu maior desejo é dar continuidade ao trabalho iniciado há quase quatro anos atrás. Ao longo desse tempo, enfrentamos grandes desafios, como a alagação, crise política nacional e, agora, uma grande seca. Mas temos grandes resultados a comemorar. E o que estamos apresentando à população é um plano de governo consistente para o 2º mandato. Construímos um plano de governo e trabalhamos muito. Queremos dar continuidade a tudo isso.

 

A GAZETA – Fale um pouco sobre seu plano de governo. Qual a prioridade para a nova gestão, caso reeleito?

  1. A. – Sempre coloco que a principal ação de uma gestão é a educação. Então, vamos continuar com essa prioridade. Tivemos nesse período a criação de 4.100 vagas para crianças até cinco anos, implantando 8 novas creches. Temos 5 unidades em fase final de construção. Vamos atingir a meta das 5 mil vagas e buscar fortalecer cada vez mais a educação. E temos também o investimento na mobilidade urbana com as ligações de bairros como do Calafate à Via Verde, que estamos agora trabalhando. A da Praia do Amapá também com a Via Verde e a do Taquari. Temos a proposta de fazer do Calafate com o Universitário. O programa envolve duplicações e alargamento de vias e investimento em corredores de ônibus. Isso continuará tendo a nossa atenção. A prefeitura tem que cuidar do funcionamento da cidade que é a nossa prioridade. Eu citaria também a saúde. Depois de 23 novas unidades temos um plano de construir mais 7 e implantar o prontuário eletrônico e, com isso, informatizar todos os procedimentos de saúde pública.

 

A GAZETA – Tem sido difícil governar Rio Branco?

  1. A. – Como falei anteriormente, tivemos momentos bem delicados, porém, a vontade de ver Rio Branco uma cidade mais desenvolvida sempre falou mais alto. Nesses 3 e 8 meses que estou à frente da prefeitura, venho trabalhando para cumprir o que assumi. Algumas coisas com mais facilidade, outras com mais dificuldade, porém, lutando. Esse tempo todo como prefeito tenho buscado cumprir os compromissos firmados. A chance que estamos pedindo agora é para concluir nosso trabalho. Terminar aquilo que começamos lá atrás. A intenção não é se perpetuar no poder. É apenas concluir o nosso trabalho. Se a população entender que mereço essa chance, vou agradecer e continuar trabalhando.

 

A GAZETA – Quatro anos não é o suficiente para concluir o projeto anterior?

  1. A. – Rio Branco é uma cidade que tem 133 anos. Seria muita presunção da minha parte achar que em 4 anos nós conseguiríamos resolver todos os problemas da Capital. Acho que cada prefeito que passou pelo cargo, há seu tempo, deu sua colaboração. Tenho buscado dar minha colaboração à cidade, com meu trabalho, dedicação e as parcerias. Passamos por algumas dificuldades, como a cheia do ano passado, onde tivemos quase 8 meses de chuvas ininterruptas, que geraram a maior enchente de toda a história do Acre, mas não esmorecemos. Toda uma equipe lutou e continua lutando para proporcionar uma qualidade de vida melhor para cada acreano.

 

A GAZETA – Como governar nesse cenário de crise política e financeira?

  1. A. – Primeiro, prometendo pouco e trabalhando muito. O Brasil vive um momento muito difícil. Numa democracia como o Brasil, passar por uma crise política e econômica deixa sequelas. Enquanto o Congresso Nacional se isentava de votar projetos importantes, a economia do país paralisou. Consequentemente, a economia dos estados e municípios. A Prefeitura de Rio Branco tem feito sua parte. Apertamos o cinto. Cortamos celular institucional, diárias, os gastos de combustível são centralizados. Decidimos tomar essas atitudes para garantir o que era mais importante e essencial para a população.

 

A GAZETA – O senhor acredita que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff possa prejudicar a sua reeleição?

  1. A. – Primeiro tenho que externar a minha gratidão à presidenta Dilma (PT). Aprendi com a minha mãe a vida toda que a gente nunca pode tirar a gratidão do coração. A presidente nos ajudou muito. Tivemos investimento em 23 unidades de saúde, em creches, em mobilidade. Em tudo isso, tivemos o apoio do Governo Federal. Então, tenho que ser grato. Assim que vejo. Não é bom para nenhum país o processo que o Brasil está vivendo. Em minha opinião, o desfecho do Senado é a consequência da votação da Câmara Federal. Dificilmente o Senado teria uma decisão contrária a da Câmara. Só espero que o presidente que assumir possa estar olhando para Rio Branco como a presidenta Dilma olhou e liberou recursos para o nosso município. Espero que o presidente Temer (PMDB) possa ter o mesmo olhar carinhoso e liberar recursos para a nossa cidade. Não é para o prefeito, mas para a população.

 

A GAZETA – Como governar tendo Michel Temer no comando do país?

  1. A. – Não acredito que um representante do país possa governar com a intenção de prejudicar um prefeito pelo simples fato de ele não ser da mesma legenda que ele. A presidente Dilma e o Lula apoiaram todas as prefeituras que buscaram o apoio deles. Um exemplo disso é Cruzeiro do Sul. O prefeito Vagner Sales em reuniões da Amac sempre elogiou os recursos que iam sendo liberados para o município. E o partido dele não era da base. Se você tem bons projetos, não vejo como o Governo Federal possa prejudicar a ninguém. Ele não estaria prejudicando apenas o prefeito, mas também a população. Isso eu acredito que nenhum representante tenha a intenção.

 

A GAZETA – Muito se tem comentado sobre o fato de o senhor ter abolido o vermelho. Isso tem alguma coisa a ver com os últimos acontecimentos políticos envolvendo a ex-presidente?

  1. A. – Quando a campanha começou, tive a preocupação de envolver realmente todos os partidos que compõem a nossa coligação. São 15 legendas que firmaram compromisso, através de minha pessoa, portanto, tínhamos que encontrar um meio termo. Eu pedi que a equipe responsável pelo marketing fizesse algo alegre, com aquilo que temos no coração e expressasse aquilo que temos no coração. Acho que cada campanha tem sua cor, sua alegria e vive o seu tempo. As pessoas comentam que aboli o vermelho para não ter minha imagem atrelada à presidente, mas não é bem assim. Esse é um debate bobo e que não merece prosperar. O mais importante não é carregar uma cor, mas mostrar à população que temos compromisso com o desenvolvimento desta cidade.

 

A GAZETA – E quanto aos rumores de que o senhor poderá sair candidato ao Governo do Estado daqui a dois anos. Procede?

  1. A. – Muito importante essa pergunta, pois, gostaria de esclarecer esse assunto. Na condição que estou de prefeito, meu foco é cuidar de Rio Branco. Não está no meu projeto de vida concorrer a novas eleições, fora esta que já está acontecendo. Não sou um carreirista, que mal terminou uma eleição e já começa a pensar em outra. Quando fui eleito em 2012, assumi o compromisso de governar por 4 anos e assim tenho feito. Dessa forma não será diferente. Minha carreira não é a política, minha carreira é a engenharia. Estou dando minha contribuição à cidade. Vou fazer isso até o final. O que o povo me der de oportunidade, eles poderão contar com meu trabalho.

 

A GAZETA – Considerações finais.

M. A. – Primeiramente, gostaria de agradecer à população por todo o apoio ao longo do meu mandato como prefeito. Se Deus quiser, continuaremos aí com mais quatro anos trabalhando duro para ver Rio Branco cada vez melhor. O que eu tenho a oferecer à população é a minha força de trabalho e a minha maneira de ser. Não mudei com a política e não vou mudar com a política. A população se votar no Marcus Alexandre vai votar no mesmo que conheceu. Trabalhador, dedicado, esforçado e com o seu jeito de ser, mas que tem um amor e carinho muito grande por Rio Branco. A minha gratidão é eterna por essa cidade e pelo povo que me acolheu nas ruas, nos bairros e nas comunidades. E o que tenho a oferecer é a minha força de

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