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Após presenciar o início da rebelião, advogada Faíma Jinkins agradeceu a atenção recebida e sugere treinamento

A advogada Faíma Jinkins acompanhou de perto os primeiros momentos da rebelião no presídio Francisco de Oliveira Conde (FOC) na noite desta quinta-feira, 20, em Rio Branco. Durante quase 2h, escondida sob a proteção de dois agentes penitenciários, ela descreveu os momentos de terror.

Faíma saía da FOC quando começou o tiroteio. Ela buscou refúgio no presídio Antônio Amaro. Ela tinha terminado um atendimento a um cliente na FOC e quando os tiros que anunciando o início do da rebelião. “As informações iniciais eram muito desencontradas chegaram a falar de motim na ala feminina. Os tiros ninguém sabia se eram de dentro ou de fora da penitenciária” comentou.

“Nesse período, pensamos várias coisas. Tive a sorte de conseguir ficar com meu celular, avisei alguns amigos, depois ele descarregou. Acredito que meu comportamento tranquilo ajudou a superar esse momento. Lá dentro não tinha ideia da gravidade da situação. Então, tentei tirar tudo por menos. Quando cheguei em casa, a adrenalina baixou e senti a gravidade da situação”, explicou a advogada.

“O FOC é uma panela de pressão e todo mundo sabe disso. Os agentes foram muito profissionais e me deixaram muito segura, embora a situação, pelo que observei, era de muito nervosismo”, acrescentou.

Após o episódio, a advogada sugere que os profissionais que precisam estar nesse tipo de local tenham algum tipo de treinamento sobre como agir nesse tipo de situação. “O nervosismo e falta de conhecimento de como lidar com esse tipo de situação podem levar a um desfecho diferente do que tive”, salientou.

Outra medida é uma espécie de mutirão para saber quem tem direito à progressão de regime. Além disso, esse é um momento para o estado refletir sobre a Lei de Execuções Penais que não resocializa ninguém concluiu a advogada.

 

A Gazeta do Acre: