Após mais de 40 dias em greve, os servidores do Poder Judiciário do Acre ainda permanecem em greve. Sem acordo com presidência do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJ-AC), a categoria diz que vai continuar com o movimento. A greve, que iniciou no dia 10 de outubro, teve a adesão de mais de 1,2 mil funcionários em todo o estado, incluindo categorias como agentes de segurança, motoristas, oficiais de justiça, técnicos administrativos e analistas.
O G1 entrou em contato com o TJ-AC, por meio da assessoria, e foi informado que a presidência do órgão não vai se manifestar sobre o assunto.
O diretor administrativo do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Acre (Sinspjac), Queffren Licurgo, diz que a categoria aguarda há mais de três anos a regulamentação de pontos do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), além do aumento do auxílio de saúde e outras reivindicações.
Ainda de acordo com o sindicato, todos os setores estão funcionando, mas de forma mais lenta, cerca de 60% do efetivo está trabalhando.
“Todos os serviços estão sendo realizados, claro que com uma demora um pouco maior, porque os servidores que estão trabalhando estão um pouco mais sobrecarregados, uma vez que nós temos aqui de 30 a 35% dos servidores paralisados em todo o estado por força de uma liminar do desembargador Roberto Barros, que disse que nós teríamos que manter 60% dos servidores trabalhando”, afirmou Licurgo.
O diretor do Sinspjac disse ainda que a categoria realizou uma nova assembléia, que decidiu manter a greve. “Já tivemos duas audiências de conciliação, onde a desembargadora Denise Bonfim foi a conciliadora, mas não chegamos em um bom senso. Não chegamos em um acordo, estamos aí na Semana de Conciliação, o Tribunal quer conciliar os de fora, mas não quer conciliar dentro de casa”, acrescenta.