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Angelim: “que a Amac não se desvirtue de sua missão por disputas partidárias”

Preocupado com os rumos da Associação dos Municípios do Acre (Amac), o deputado federal Raimundo Angelim (PT-AC), responsável pela criação da instituição quando foi prefeito de Rio Branco, manifestou opinião, após o pleito realizado esta semana. Para ele, os municípios do Acre não podem ser prejudicados por disputas partidárias.

“Foi com o propósito de suprir as demandas das prefeituras, especialmente nas áreas do planejamento urbano, saneamento, infraestrutura, dentre outras que propus a criação da AMAC e a extinção das entidades APA [Associação dos Prefeitos do Acre] e FPA [Frente dos Prefeitos do Acre], até então existentes e que eram integradas por prefeitos da “oposição” e da “situação”, respectivamente, pois num estado com apenas 22 municípios, a meu juízo, não se justificava a existência de duas entidades que, ao invés de cumprirem a missão de apoiar as gestões municipais, reproduziam internamente a disputa política local e sob o ponto de vista técnico e de viabilização de recursos para investimentos nas cidades se mostravam fragilizadas”, lembrou.

Depois de conseguir aceitação unânime de sua proposta por todos os prefeitos, à época, Angelim presidiu a Amac desde o início de sua gestão e durante os oito anos em que foi prefeito da Capital.

“Tive a ousadia de propor que evitássemos contaminar a nova entidade com disputas político partidárias e o mesmo tratamento seria dado a todas as 22 prefeituras, no atendimento de suas demandas. Nosso compromisso era dotar as gestões municipais do suporte técnico necessário para elaboração de projetos, de carta consulta,atendendo, enfim, às necessidades dos municípios no tocante a captação de recursos nos diferentes órgãos dasadministraçõesestadual e federal, e junto aos órgãos de financiamento”, destacou.

De acordo com Angelim, esse suporte da Amac era e ainda é cada vez mais indispensável para o desenvolvimento das cidades acreanas. “Um dos segredos da boa gestão é se conseguir uma competente equipe de técnicos nas mais diferentes áreas e isso está cada vez mais distante da realidade local devido às condições financeiras das prefeituras para a contratação. Isso acontece namaioria dos municípios brasileiros, notadamente de médio e pequeno porte, como no caso do Acre, pois se de um ladorecursos disponíveis são parcos, além do excesso de pessoal já existente, por outro lado, há uma carência de profissionais nessas localidadeso que se soma ao fato de que os salários oferecidos são, na maioria aquém do de mercado”, avaliou.

Nesse sentido, Angelim reitera a essencial importância da Amac, consolidada em sua gestão como uma das entidades municipalistas mais respeitadas do país, tendo sido reconhecida publicamente em nível nacional pela Associação dos Municípios Brasileiros (AMB), por exemplo.

“Foram muitas as conquistas. Com apoio da Bancada Federal, através de emendas parlamentares, e da Prefeitura de Rio Branco – que contribui com aproximadamente 50% da receita da instituição e a que menos demanda os seus serviços, visto que dispõe de técnicos em seu quadro próprio – construímos uma sede própria. Além disso, aviabilização da documentação e projetos referentes a Emendas de Bancada e de Parlamentares foi certamente a grande conquista da entidade e das gestões municipais”, ressaltou.

Considerando tais questões e o processo eleitoral pelo qual passou a AMAC, Angelim reconheceu a condução competente realizada pelo prefeito Marcus Alexandre, nos últimos quatro anos e se disse preocupado com os rumos da instituição. “Faço um apelo para queos atuais gestores municipais usem de bom senso e cuidem bem dessa Associação, não desvirtuem de suas finalidades, evitem contaminá-la com as disputas partidárias, pois seu maior capital é sua competência técnica e credibilidade, duramente conquistada e se vier a perdê-la, o grande perdedor será a população de nossos municípios, que pagam seus impostos e querem o melhor para suas cidades”, concluiu.

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