A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o sumiço de alguns equipamentos da Prefeitura de Tarauacá. A denúncia foi feita na segunda-feira, 2, pela atual prefeita Marilete Vitorino (PSD/AC), que alega ter encontrado uma bagunça no local.
Por meio da assessoria de comunicação, a Polícia Civil informou que a atual gestora denunciou a falta de controles dos aparelhos de ar-condicionado, materiais de escritório, além dos sistemas operacionais dos computadores do Executivo municipal terem sido deletados. Alguns servidores devem ser ouvidos nos próximos dias para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Ao G1, o ex-prefeito da cidade, Rodrigo Damasceno (PT/AC), negou que a equipe dele tenha deletado ou excluído algum documento institucional, com exceção dos computadores de dois setores. Ele afirmou, no entanto, que houve uma transição para uma equipe da atual prefeita no último dia 26. O ex-gestor disse também que todos os documentos e processos estão disponíveis no site do Tribunal de Contas do Acre (TCE/AC).
“Não estava ciente que houve essa formatação, foram dois setores que formataram os computadores, que foi a CPL e o gabinete. Mas todos os documentos estão disponíveis, os processos estão todos lá. O que não ficou armazenado são os modelos de atas, já que cada gestão trabalha com seu próprio formato. Então, não houve uma sabotagem”, argumentou.
Já a nova prefeita disse que se assustou com o cenário encontrado no domingo, 1º, à noite no prédio da prefeitura. Ela acrescenta que havia muito lixo e papéis espalhados pelo local.
“O que mais assustou a gente foi a bagunça. Vários papéis jogados no chão, lixo nos corredores, e depois veio o comunicado que nenhum computador da admistração estava funcionando. Eles formataram e deram pane. Os mouses dos computadores sumiram, controles dos aparelhos de ar-condicionado, não tem mais nenhuma garrafa térmica ou vassoura na prefeitura”, detalhou a prefeita.
Para a gestora, uma das coisa que mais incomodou foi perda dos sistemas operacionais dos computadores. Ela conta que chamou a polícia para evitar que a gestão anterior afirme que entregou o prédio em perfeita ordem.
“O problema é o sistema que estava instalado. Do almoxarifado levaram até o computador. A polícia viu os aparelhos, que não tem controle, outros não funcionam. Chamamos para mostrar a situação que estava e para mais tarde não dizerem que entregaram o prédio funcionando”, afirmou.