Os casos de febre amarela registrados em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São Paulo deixam os acreanos em alerta. Com os números, o Brasil vive o maior surto da doença em 14 anos. O último levantamento aponta a confirmação de 70 casos da doença, com 40 mortes.
Quem está com viagem marcada para esses estados tem procurado os postos de saúde em Rio Branco. As autoridades da área da Saúde afirmam que não há motivo para tanta preocupação.
Para garantir que não haja risco de contrair a doença, é necessário consultar a carteira de vacinação para saber se já tomou as duas doses. A vacina vale por 10 anos.
A disponibilidade da vacina de febre amarela é agendada pela Vigilância Epidemiológica para não haver perda do medicamento porque cada frasco contém 5 doses. Cada dia da semana, pelo menos 5 unidades de saúde oferecem a vacina.
De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins, o surto que atinge Minas Gerais não traz preocupações para a região Norte.
“O Ministério da Saúde recomenda a vacinação de rotina. Crianças aos 9 meses tomam a primeira dose, aos 4 anos, a segunda dose. O adulto que não tem dose nenhuma é recomendada duas doses, e quem já tem a primeira, com 10 anos faz a segunda. Então, o Ministério da saúde não mandou nenhuma recomendação extra”, esclareceu.
Não há casos suspeitos de febre amarela na Capital e não há registro do último surto da doença no município. O último caso confirmado no Acre aconteceu no ano de 1942, em Sena Madureira.
A cobertura vacinal acreana, segundo a Sesacre, é de 68% da população entre os anos de 2000 e 2009. As análises são feitas a cada década e, por isso, a atualização do percentual deve ser divulgada em 2019.
“Tem muita gente que está vendo os surtos nos lugares e correndo aos postos. Não precisa se preocupar. É para ir aos postos somente quem não se vacinou. Apesar de morarmos em área endêmica, a pessoa que tomou vai esta imunizada. Está disponível em todos os postos de saúde que possuem sala de vacina. Temos 188 salas ativas em todas a cidades”, falou a gerência de Imunização da Sesacre, Dora Holanda.
Ela acrescentou a importância de ter documentada cada dose para não correr o risco de tomar a vacina sem necessidade. Quem tiver perdido a carteira procure a última unidade de saúde que esteve para tentar conseguir uma segunda via.
“Existem pessoas que perdem a carteira de vacina e dizem que não foram vacinadas, mas não é bom revacinar. Temos ainda bolsões de pessoas suscetíveis à febre amarela e temos vacina somente para elas. Nós recebemos uma cota mensal para os grupos prioritários que não foram imunizados. Não existe vacina para a população em massa”, concluiu.
Sintomas
A febre amarela é transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus e não é contagiosa. Os sintomas iniciais são calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas, vômitos e fadiga. A doença pode ser facilmente confundida com malária ou dengue e o tratamento é feito sob orientação médica.