*Como já era previsto, deu bafão, ontem, na reunião do Conselho Tarifário, que decidia sobre o aumento da tarifa de ônibus na Capital.
*E claro que, no meio do furdúncio, não podia faltar o vereador barraqueiro Roberto Duarte.
*Ririri.
*Mas, dessa vez, o gaúcho estava com toda razão.
*Tanto ele, quanto outros vereadores foram impedidos de assistir a reunião, sem qualquer justificativa formalizada.
*Mas, ora, e o princípio constitucional da transparência?
*E aquele discurso recente do superintendente do RBTrans de que, embora o conselho seja uma “instância consultiva e não deliberativa”, todo cidadão que desejasse poderia acompanhar os debates??
*Huuuum.
*Ficou muito estranho isso aí.
*Tá certo que tumulto e guerrinha política, em meio à análise e votação de valores de planilha, não iriam ajudar em nada.
*Mas, justamente por se tratar de um assunto tão sério, delicado e, principalmente, de interesse público (!), é que as discussões jamais poderiam ser feitas a portas fechadas…
*E o mais grave: excluindo o direito de representantes eleitos pela população de tomarem conhecimento de todas as etapas do processo.
*Enfim…
*Lamentável sob todos os aspectos.
*Lamentável também as supostas ameaças dos servidores da Saúde na lista de exonerações do MP de interditarem o Pronto Socorro, na próxima segunda-feira, como forma de pressionar para evitar as demissões.
*Os rumores circulam lá e cá, mas custa-se a acreditar que os servidores tomariam uma atitude tão negativa para eles próprios.
*Como já foi dito, a categoria deve brigar, sim, pelo pagamento dos direitos trabalhistas e até por mais sensibilidade do MP ou do governo em relação ao problema.
*Entretanto, prejudicar os serviços essenciais à população, que, diga-se de passagem, tem apoiado as reivindicações deles, vai ser um tiro no pé muito do bem dado.
*Guardadas as devidas proporções, é só dar uma olhada na situação do Espírito Santo, onde a população do Estado pegou abuso dos familiares e dos policiais responsáveis pelos recentes protestos.
*Falando nisso…
*Uma semana após o início da greve e das manifestações nos municípios capixabas, presidente Michel Temer, enfim, se pronunciou em nota;
*E classificou como “inaceitável” e “ilegal” a paralisação, que “não pode tornar o povo brasileiro refém”.
*Só isso, presidente?!
*Um tanto óbvio, após sete dias de barbárie e mais de 120 mortes registradas naquele Estado.
*Realmente, inaceitável o posicionamento dos policiais;
*Mas tão inadmissível quanto é o Governo Federal ter deixado o país chegar a este ponto.