É esperada para hoje a visita ao Estado do ministro interino da Justiça, José Levi Mello de Amaral Júnior, para lançar o Plano Nacional de Segurança, uma parceria firmada entre os Governos Federal e estaduais.
Mesmo que interino, porque o presidente da República não conseguiu ainda escolher o titular, autoridades do Estado, a classe política e a sociedade organizada precisam ser claros e incisivos nas conversas que terão com o ministro, fazendo-o ver que o Acre tem problemas específicos, que estão comprometendo a segurança pública.
Desses problemas o mais grave é a quase completa falta de policiamento nas fronteiras do Estado com os dos países vizinhos tidos como os maiores produtores e exportadores de drogas. Precisam mostrar ao ministro que até agora o Acre só não registrou as chacinas ou banhos de sangue que ocorreram em Manaus, Boa Vista e Natal, porque as forças de segurança local estão mobilizadas e se antecipando a essas tragédias, com alguma ajuda do Exército.
No entanto, é preciso lembrar ao ministro que a guarnição das fronteiras é responsabilidade constitucional primeira do Governo Federal. Se houver mesmo intenção de combater a criminalidade em parceria com o Governo local, é necessária uma soma de recursos considerável para combater o narcotráfico e tudo o que de ruim vem no seu rastro, como as facções criminosas. Sem isso, a visita seria dispensável.
