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Acima da lei, o bom senso

Necessária e sensata esta proposta do Sindicato dos Servidores da Saúde, que se reuniram ontem com alguns deputados, em estipular um prazo de pelo menos seis meses para que os mais de 200 funcionários dessa pasta possam organizar suas vidas antes de serem demitidos, de acordo com uma resolução do Ministério Público Estadual.

Como se vem divulgando, a maioria desses servidores está com 15, 20 anos ou mais no serviço público e isso precisa sim ser levado em conta. Convém sempre lembrar que as leis não são absolutas. Acima delas, é preciso levar em conta a pessoa e não consta que esses servidores sejam supérfluos ou marginais.

Ao contrário, como o Sindicato e alguns gestores reconhecem, se as demissões acontecessem, de imediato, alguns setores da Saúde seriam prejudicados e até mesmo poderiam sofrer um colapso total por falta de outros profissionais. E, por conseguinte, neste caso, quem pagaria por esta medida açodada seria a população mais carente que já se ressente de um bom atendimento médico-hospitalar.

Lei é lei, mas acima da lei deve prevalecer o bom senso e o bom senso neste caso recomenda que se conceda o tempo necessário para se buscar alternativas, sem prejuízo dos bons servidores e, sobretudo, da população.

A Gazeta do Acre: