Alguém poderia argumentar que o Governo o Estado não está fazendo mais do que a obrigação em conceder reajuste salarial a servidores públicos, segundo projeto de lei enviado ontem para apreciação e votação na Assembleia Legislativa.
Sim é verdade, mas não há como ignorar que no contexto nacional se trata de uma exceção, que deve ser reconhecida e valorizada. Aliás, considerando que governos de vários estados, inclusive alguns tidos como mais desenvolvidos, como Rio de Janeiro e Rio Grand do Sul, chegaram ao extremo de decretar “estado de calamidade” e estão ainda pagando em parcelas os salários do funcionalismo do ano passado, este caso do Acre soa estranho. Ou como se diz no popular, parece “uma pegadinha”.
Na verdade, o que tem que se ressaltar é que a concessão desse reajuste só é possível devido a uma política de contenção de gastos que o Governo do Estado vem fazendo já há algum tempo, diminuindo cargos comissionados, reduzindo vencimentos de alguns segmentos, entre outros do próprio governador e gestores.
E quando governos adotam essas medidas de contenção, os resultados sempre são benéficos não só para o funcionalismo, como para a sociedade, de modo geral.
Em contrapartida, o que se espera e se exige agora dos servidores é a melhoria e mais qualidade nos serviços públicos.