No debate ou queda-de-braço que se está fazendo sobre o aumento da tarifa de ônibus na Capital entre prefeitura, Conselho Tarifário, empresários e vereadores esqueceram de um segmentos importante: os trabalhadores dos transportes coletivos.
E por se sentirem excluídos, ontem eles saíram às ruas, fecharam o acesso à Câmara Municipal para exigir que sejam também ouvidos, com um argumento que precisa sim ser levado em consideração.
Segundo eles, nessas negociações que estão sendo realizadas para se chegar a um reajuste razoável, os empresários do setor podem usar como argumento para fazer mais demissões na categoria, como já foi feito com a dispensa dos cobradores.
Na atual crise econômica por que passa o país, cujo índice de desemprego atingiu a marca histórica de mais de 12 milhões de trabalhadores, tudo deve ser feito para evitar que mais pais ou mães de família venham a somar a esse contingente, resultado de uma política equivocada de um Governo incapaz, além de ilegítimo.
Que se faça o debate sobre essa questão com seriedade e responsabilidade, para se chegar a uma tarifa justa, mas levando também em conta os trabalhadores desse setor que não podem, em hipótese alguma, ser penalizados com o desemprego. Seria imperdoável.