Enfim, a humanidade rejubilada vê, em tempos de pós-modernidade, que, com sabedoria, pertinácia e competência, as mulheres, paulatinamente, foram e estão colocando tons rosáceos e mais alegria e mais ternura, nas nossas vidas em geral, até porque foram elas que nos pariram ou nos deram à luz, ou nos trouxeram ao mundo.
O Sindicato dos Engenheiros do Estado do Acre assegura que, para os seus componentes, não é unicamente o 8 de Março o dia das homenagens às mulheres. Por todo o significado da participação delas no âmbito da sociedade moderna como um todo, todos os dias devem ser dias de celebração do papel feminino na construção do nosso quadro social.
É por isto que, ao mesmo tempo em que homenageamos e saudamos todas as nossas sindicalizadas, vimos passar-lhes às mãos um presente e um desafio, bem ao modo das mais aguerridas e objetivas que são todas elas.
Sem muito mais romantismo a acrescentar, é oportuno levar em consideração que quem coloca graça, beleza e leveza no mundo são as mulheres. A sensibilidade e a sensatez feminina, de uns tempos para cá, passaram a fazer parte do cotidiano, principalmente, dos que veem nelas as melhores qualidades.
Pensando bem, a construção das nossas cidades mais velhas ficou a cargo, exclusivamente, dos homens. Os nossos logradouros urbanos poderiam ter ficado mais bonitos. Ocorre, no entanto que, outrora, não era papel feminino envolver-se em construções. Se houvesse a participação delas, por exemplo, não haveriam esquinas, os cantos das ruas seriam ligeiramente arredondados e, ao lado de cada edificação, haveria um roseiral, uma pérgula ou um jardim qualquer. O toque feminino acrescentaria o algo mais para o embelezamento dos nossos espaços de convivência em comum.
Assim sendo, vimos conclamar as nossas audazes engenheiras, arquitetas e urbanistas, principalmente, a tomarem parte de um sonho.
Temos observado que o Parque da Maternidade, hoje, está a precisar de uma repaginada geral, tendo em vista a ação do tempo que o tem deteriorado paulatinamente. Desta forma, propomos que, em um dia a ser previamente combinado, o grupo composto por todas as nossas sindicalizadas, em caravana, talvez à tardinha, faça um passeio ao logradouro em questão.
Nesta ocasião, então, falará mais alto ainda a tão decantada sensibilidade feminina. Cada uma ficará encarregada de fazer as suas anotações particulares relativas a uma reforma do citado parque que, agora, contará com a competência, a mão e o dedo femininos, logicamente.
Em termos metodológicos, de posse de todas as ideias anotadas, este Sindicato se encarregará da elaboração de um anteprojeto a ser apresentado em audiência pública para que, através de um debate democrático, possamos dar a ele contornos mais precisos. A partir de então, será o momento da defesa nas instâncias específicas em busca da liberação de recursos para tal fim.
Como já é do conhecimento de todos, a Assembleia Legislativa do Estado do Acre, através da sua liderança atual, está à disposição deste Sindicato para o suporte em iniciativas como a que aqui propomos. Ademais, poderemos também, em Brasília, defender o citado projeto que poderá, certamente, ser agraciado com Emendas de Bancada para o cumprimento desta – dentre outras ainda a serem aqui apresentadas – que será uma das nossas grandes metas para os dias que virão.
É oportuno deixar muito claro que a nossa caminhada é longa, mas não recuaremos, seguiremos em frente, inclusive, transpondo as barreiras próprias de empreitadas como as por nós sugeridas.
Ademais, convém afirmar que os nossos passos, como sempre aconteceu, serão sempre muito bem calculados, uma vez que a Engenharia não pode prescindir dos cálculos e as nossas estratégias sempre estarão sustentadas por bases muito sólidas.
CLÁUDIO MOTTA-PORFIRO, Escritor. Autor do romance O INVERNO DOS ANJOS DO SOL POENTE, disponível nas livrarias Nobel, Paim e Dom Oscar Romero, ou pelo e-mail [email protected]
*Assessoria Senge/Acre.