O show midiático global deve ainda continuar por alguns dias ou semanas por conta das delações premiadas da Odebrecht afundando ainda mais o país na crise econômica, política e institucional.
Contudo, a sociedade precisa aguçar sua capacidade de discernimento. Primeiro, sobre o processo seletivo que essas divulgações visam atingir e, depois, sobre quem é quem nesta história toda de podridão que vem permeando as relações entre partidos políticos com essas empresas.
No caso, aqui do Acre, o governador Tião Viana e o senador Tião Viana já declararam que não receberam nada de ilegal e não tem nada a temer. O próprio depoimento de um dos delatores da empresa corrobora essa assertiva, afirmando que a empresa não possuía e não possui nenhuma obra ou interesse no Acre.
Além disso, ao que consta, os dois políticos terão apenas que prestar esclarecimentos sobre os inquéritos, lembrando que o governador já foi inocentado em duas outras ações pelo Superior Tribunal de Justiça.
No caso ainda do Acre, quem diria!, a própria ex-senadora Marina Silva também aparece nas delações e, agora, por último, a família do senador Gladson Cameli na construção de uma grande obra – uma ponte – em Manaus. Por isso, a recomendação de saber distinguir quem é quem, antes de qualquer julgamento.