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Custo da cesta básica sobe em 20 capitais

Rio Branco acumulou queda de 15,98% no primeiro trimestre de 2017

Em março, o custo do conjunto de alimentos essenciais aumentou em 20 das 27 capitais brasileiras, segundo dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As maiores altas foram registradas em algumas capitais do Nordeste: Teresina (3,90%), Natal (3,54%), Recife (3,53%), São Luís (2,77%) e João Pessoa (2,59%). As retrações mais expressivas foram observadas em Rio Branco (-2,19%) e Cuiabá (-1,14%).

Porto Alegre foi a cidade com a cesta mais cara (R$ 437,22), seguida por São Paulo (R$ 435,34) e Florianópolis (R$ 433,70). Os menores valores médios foram observados em Rio Branco (R$ 323,34) e Salvador (R$ 349,66).

Em 12 meses, 12 cidades acumularam alta. As elevações mais expressivas foram observadas em Natal (11,70%), Maceió (7,82%) e João Pessoa (6,34%). As reduções ocorreram em 15 cidades, com destaque para Brasília (-6,60%), Belo Horizonte (-5,69%) e Rio Branco
(-5,64%).

No primeiro trimestre de 2017, 19 capitais acumularam queda, com destaque para Rio Branco (-15,89%), Cuiabá (-8,51%) e Boa Vista (-6,12%). Já os aumentos mais expressivos foram registrados em Fortaleza (3,71%), Natal (3,45%) e Teresina (3,22%).

Com base na cesta mais cara, que, em março, foi a de Porto Alegre, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em março de 2017, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.673,09, ou 3,92 vezes o mínimo de R$ 937,00. Em fevereiro de 2017, o piso mínimo necessário correspondeu a R$ 3.658,72, ou 3,90 vezes o mínimo. Em março de 2016, o salário mínimo necessário foi de R$ 3.736,26, ou 4,25 vezes o piso vigente, que equivalia a R$ 880,00.

Rio Branco

Em março de 2017, em Rio Branco, a cesta de alimentos básicos diminuiu (-2,19%) em comparação com mês anterior; custou R$ 323,34; sendo a mais barata entre as 27 capitais pesquisadas pelo DIEESE. Em 12 meses, a variação anual foi de (-5,64%) e, nos três primeiros meses de 2017, (-15,89%).

Entre fevereiro e março, houve retração no valor médio do feijão carioquinha (-10,27%), banana (-5,64%), tomate (-4,26%), leite integral (-2,05%), açúcar cristal (-0,98%), arroz agulhinha (-0,90%), óleo de soja (0,90%), manteiga (-0,26%), e da carne bovina de primeira (-0,48%). O preço do café em pó não se alterou. Farinha de mandioca (2,27%) e pão francês (0,82%) apresentaram alta.

Em 12 meses, 7 produtos acumularam alta: farinha de mandioca (46,43%), manteiga (25,09%), açúcar cristal (17,83%), café em pó (15,41%), arroz agulhinha (10,88%) o leite integral (8,83%) e o óleo de soja (6,01%). As retrações foram verificadas nos preços do tomate (-26,38%), do feijão carioquinha (-23,02%), do pão francês (-14,40%), da carne bovina de primeira (-3,72%) e da banana (-1,08%).

O trabalhador rio-branquense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir, em março, jornada de 75 horas 55 minutos, menor que o tempo necessário em fevereiro, de 77 horas 37 minutos. Em março de 2016, a jornada era de 85 horas e 40 minutos.

Em março de 2017, o custo da cesta em Rio Branco comprometeu 37,51% do salário mínimo líquido, isto é, após os descontos previdenciários. Em fevereiro, o percentual exigido era de 38,35%. Já em março de 2016, era de 42,32% do seu salário mínimo.

 

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