Os deputados estaduais se reuniram na manhã de ontem, 27, na Assembleia Legislativa do Acre, com os servidores do Pró-Saúde que reivindicam aumento salarial, redução da jornada e melhores condições de trabalho. Durante a reunião, os trabalhadores pediram o apoio dos parlamentares para viabilizar o debate junto ao governo do Acre.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, lembrou que a categoria está há sete anos sem reajuste. “Estamos há dois anos tentando fazer um acordo coletivo com o governo estadual, porém, não obtivemos uma resposta positiva. Dessa forma, viemos aqui conversar com os deputados estaduais para ver a possibilidade de haver uma intervenção junto ao Governo do Estado”, disse ao pedir a aprovação do acordo coletivo.
A presidente do Sindicato dos Enfermeiros Auxiliares e Técnicos em Enfermagem (Spate), Rosa Nogueira, questionou porque somente os servidores da Sesacre obtiveram aumento. “Isso é uma falta de respeito com os trabalhadores do Pró-Saúde. Como o Adailton disse: esses profissionais possuem a mesma formação técnica e qualificações dos da Sesacre. Por que essa diferenciação?”, questionou. “Caso não sejamos atendidos, vamos paralisar as todas unidades de saúde do Estado”.
O deputado estadual Raimundinho da Saúde (PTN), presidente em exercício na sessão de ontem, disse que estará se reunindo com a Comissão de Saúde da Casa para viabilizar uma negociação junto ao governo. “Primeiramente, quero aqui deixar registrado que essa Casa reconhece a luta de vocês, as demandas de vocês. Dessa forma, estaremos reunindo os parlamentares que compõem a Comissão de Saúde da Casa e iremos debater a melhor forma de resolver esse assunto. Na sequência, vamos tentar viabilizar uma conversa junto ao governador. Precisamos ter calma nesse momento”, finalizou.
Manifestações
Antes de se reunirem com os deputados estaduais, os servidores do Pró-Saúde realizaram manifestações pelas ruas de Rio Branco. Por volta das oito horas da manhã, o grupo interditou a ponte Juscelino Kubitschek, o que ocasionou transtornos aos motoristas. O trânsito naquela região só voltou ao normal por volta das 10h30.
Na sequência, os servidores protestaram em frente à Secretaria de Saúde do Estado e na Casa Civil, respectivamente. A manifestação finalizou após os trabalhadores terem sido recebidos pelos deputados estaduais.