Lula não é inocente. Nem de longe. Mesmo assim, vou bater a real para os meus amigos, na esperança, quem sabe, de livrar-me, ou, com mais esperança ainda, livrá-los desse trololó todo. Trololó nada coerente, diga-se.
Lula, segundo dizem os indícios trazidos pela mídia, pode ter cometido crimes gravíssimos envolvendo volumes elevados de recursos públicos. De tanto ouvir falar nisso, nem acho assim tão prudente dar ao mesmo o benefício da dúvida. Mas, como operador do Direito, por dever ético, darei.
O problema, meus queridos, é que em relação a tais crimes, em razão da ausência de provas definitivas, muito provavelmente, Lula sairá impune. Não duvidem. Sairá. A não ser que queiram forçar a barra.
Aí o que estão fazendo? Pegaram um fato menor (triplex), uma senhora bagatela no tocante às práticas corruptas que dominam o país – e que também representa o que existe de mais comum no meio político -, e, ao estilo “Al Capone”, resolveram, simplesmente, atalhar o caminho das urnas.
Aaah, tenham dó! Se muitas mansões do Acre falassem, logo iriam perceber que o teatro do triplex não foi peça escrita por Lula.
É da pré-história da corrupção esse tipo de prática. Tá, tá bom. Isso não torna Lula um inocente. Não. Não. E não. Mas, de uma coisa tenho certeza: se hipocrisia fosse crime teriam que múltiplar por mil o número de presídios no Brasil. Não se ofendam. Reflitam.
No Direito, o “costume” integra a norma jurídica. Só lembrando, no Direito valem, a Lei, a Jurisprudência, a Doutrina e os “Costumes”.
É claro que não seria razoável apelar para o “costume” no caso do Lula. Até pq seria apoiar-se no “mal costume”, no caso, o histórico horrendo de impunidades no tocante a situações dessa natureza.
Pois é, mesmo assim vamos passear um pouco pela política. Olhando pelo prisma político, que, por sinal, faz bem lembrar, anda lado a lado com o Direito, já que a Lei brota desse ambiente, a situação passa a ser amplamente favorável a Lula.
Vejamos, existem mais de 200 políticos implicados na Lava Jato e praticamente 100% deles chegará elegível em 2018.
O atual presidente, esse sujeito asqueroso que mais parece um dublê de quinta categoria extraído dos filmes do Conde Drácula, cuja única diferença em relação a Lula está no tamanho da esperteza e no volume de cúmplices, governa o país, inclusive, pasmem, aprovando leis duríssimas contra o povo brasileiro.
Aí, com todo respeito, seria burrice extrema não admitir que tal quadra estimula inevitáveis, necessários e justos questionamentos por parte do povo.
Querem o que da vida? Transformar Lula em vítima. E, com todo respeito, merecidamente?
Acordem! Deixem esse homem ser candidato. Ele não vence. E a derrota livrará o país desse fantasma para sempre.
Edinei Muniz é professor e advogado