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Ignorância ou má fé

Enquanto o Governo do Estado, as autoridades da segurança pública, o Ministério Público e o Judiciário se reúnem para debater e buscar medidas para prevenir e combater a criminalidade, cujos índices aumentaram com a chegada das facções criminosas, alguns setores políticos, por ignorância ou má fé, querem desviar a atenção sugerindo que muitos crimes estariam sendo cometidos por um “grupo de extermínio”.

Ignorar ou negar que os índices de criminalidade aumentaram não só no Acre, mas em todos os estados da Amazônia, que fazem fronteira com os países tidos como os maiores produtores e exportadores de drogas e armas, em nada contribui para resolver o problema.

Nesses dias mesmo, o Governo do Estado e as autoridades da Bolívia decidiram fechar, durante a noite, as duas pontes que ligam Brasiléia à Cobija, para impedir a passagem de drogas, o contrabando de armas e o roubo de veículos, justamente porque as facções criminosas já estão atuando e se estabelecendo também nos países vizinhos.

Não há nenhuma evidência de algum “grupo de extermínio” e os que existiram no passado foram com a omissão ou quem sabe anuência desses mesmos políticos que estão querendo desviar o foco com esse tipo de bobagem. Aliás, o que não se viu até agora desses políticos foi uma cobrança do Governo Federal, que tem a obrigação primeira de vigiar as fronteiras.

A Gazeta do Acre: