X

Com 11 opções gastronômicas, ‘Food Truck Festival’ agita o fim de semana na Capital

Desde a última quinta-feira, 17, o estacionamento do estádio Arena da Floresta tem sido pequeno para tanta gente. No local estacionaram 13 caminhões do ‘Food Truck Festival’, trazendo onze opções gastronômicas, cinema e muito chopp para os rio-branquenses. O evento ocorre até segunda-feira, 21, das 18h às 00h.

O festival também conta com apresentação musical de bandas locais. Neste domingo, 20, a animação fica por conta do cantor Frank Oliver e da banda Metal Jackt, com muito rock’and roll.

A reportagem A GAZETA conferiu de perto a movimentação no primeiro dia de evento, que recebeu cerca de 5 mil pessoas, segundo a organização. Além da variedade de comidas, o atendimento e performance dos empresários, donos dos food trucks, são um espetáculo à parte.

“Nosso diferencial é tornar o ambiente agradável através de uma boa música e ambiente diferenciado. O atendimento é nosso ponto forte. E as combinações diferentes. O ‘hot dog’ americano, o ‘black box’, você não encontra milho, ervilha e nem salsicha. É algo completamente diferente. Temos um atendimento padronizado, brincando, curtindo, interagindo bastante com o público. É uma combinação que dá certo”, contou organizadora e idealizadora do festival, Michele Velho.

O projeto nasceu em 2015, em Concórdia (SC). Michele sempre trabalhou na organização de eventos e observou que o público sentia falta de comida de qualidade na maioria das vezes.

“As pessoas reclamavam muito da comida, ou não tinha ou era de má qualidade. Foi quando eu descobri os foods trucks em Florianópolis, e em setembro de 2015, eu tinha minha feira e coloquei 12 caminhões. O que aconteceu? Na minha cidade tem quase oitenta mil habitantes e choveu mais de 60 mm, quase alaga a cidade e, mesmo assim, mais de 16 mil pessoas passaram pelo local em quatro dias. Foi aí que eu comecei a fazer festival gastronômico”.

Aquele evento foi o pontapé inicial para que o ‘Food Truck Festival’ se tornasse uma empresa. Em 2016 começaram as primeiras viagens pelo Brasil. Michele e os food trucks já passaram por oito estados e mais de 80 cidades. O projeto conta com 15 caminhões e 32 colaboradores, porém toda a mão de obra para montar o evento é contratada na região por onde o festival passa. Em Rio Branco, a empresa contratou temporariamente 48 pessoas.

Em quase dois anos mais de 160 mil pessoas passaram pelo festival em diferentes cidades. Após a capital acreana, o festival deve seguir para Humaitá e Manaus. Dependendo das condições da estrada, o evento poderá passar pro Cruzeiro do Sul, mas ainda não é certeza.

Para quem se assustou com as filas dos primeiros dias de festival, a organizadora garante que o número de mesas e cadeiras aumentou, assim como o espaço para circulação que também foi ampliado.

“O primeiro dia realmente é um pouco conturbado, porque a gente monta a estrutura de acordo com a nossa expectativa. Percebemos que ficou pequeno, então vamos mudar tudo. A gente só abre na quinta por causa disso, para que na sexta, sábado e domingo a gente consiga atender melhor. Não se assustem e venham nos demais dias que vai ser bem mais tranquilo”.

THE BAH FOOD TRUCK

O caminhão azul se destaca entre os demais. É o “The Bah Food Truck”, mais conhecido como ‘truck azul’, onde a especialidade da casa são lanches com filé mignon e cupim. O casal Eduardo Lacerda, de 50 anos, e Ana Lúcia, de 47 anos, são os proprietários do empreendimento. “O nosso grande diferencial é a qualidade da carne para oferecer ao cliente um produto melhor”, diz Lacerda.

Antes do food truck, Lacerda chegou a ser proprietário de um restaurante. Para ele, a principal diferença é a liberdade de trabalho e a possibilidade de conhecer novos lugares e culturas. “Além de aproveitar a viagem, nós temos um negócio que é novidade em todo lugar que a gente vai. Não se compara ao restaurante, que é fixo e você espera pelo cliente. Nós vamos em busca dos clientes”.

Viajar toda semana para um lugar diferente é o sonho de muita gente. Por isso, o casal decidiu colocar em prática o sonho e cair na estrada, que sempre proporciona grandes aventuras. “Em Mato Grosso ficamos atolados e dormimos da estrada das 18h às 7h até uma patrola [tipo de trator] nos tirar. A primeira vista pode parecer ruim, mas não é uma coisa boa e diferente, que vai virar uma história para contar para os filhos e netos”.

Quando questionado se valeu a pena largar o restaurante para investir no empreendimento sobre rodas, o empresário é direto: “Com certeza! A escolha do restaurante foi ruim, uma experiência negativa que eu tive que me reconstruir. O food truck tem dado um resultado para a família toda. Não tem comparação”.

O casal Eduardo Lacerda, de 50 anos, e Ana Lúcia, de 47 anos, são os proprietários do empreendimento (Foto/Arquivo pessoal)
“The Bah Food Truck”, mais conhecido como ‘truck azul’ (Foto/Divulgação)

Fotos/Divulgação
A Gazeta do Acre: