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Deputados acreanos se mostram contrários ao ‘distritão’ e o fundo de campanha com dinheiro público

A comissão especial da Câmara Federal, que analisou nos últimos meses uma proposta de reforma política, concluiu na última terça-feira, 15, a votação do relatório que estabelece o “distritão” para as eleições de 2018. O assunto ganhou grande repercussão nacional. Na Assembleia Legislativa do Acre, deputados da situação e oposição se mostraram contrários a esse novo formato eleitoral.

O deputado estadual Raimundinho da Saúde (PODEMOS), ao tratar sobre o assunto, pontuou que a democracia vem sendo deixada de lado por políticos que desejam se perpetuar no poder.

“Não podemos concordar quando a democracia é deixada de lado em detrimento das vontades dos velos caciques donos de grandes partidos que pensam em se perpetuar nos mandatos”, disse ao pontuar ainda ser “contra a reforma como querem fazer, colocando proteção aos que estão lá para voltar ao mandato na maneira mais absurda possível.”

O oposicionista Gerlen Diniz (PP) também opinou sobre a matéria que tramita na Câmara Federal. Ele acredita que essa medida seja um retrocesso para o país. “A apreciação do distritão, nesse momento, é um retrocesso para o país, é diminuir o número de candidaturas, é desmotivar a renovação na política nacional. É uma medida extremamente prejudicial à democracia. O debate é feito com enganação ao eleitor”.

Gehlen criticou também a criação de um fundo para bancar as campanhas com dinheiro público. “Eles querem aprovar mais de 3,5 bilhões para gastar em campanhas políticas. Acompanho o posicionamento dos partidos de esquerda que desaprovam essa reforma do jeito que está sendo feita. Isso é uma vergonha para nossa país”, falou.

Raimundinho da Saúde
A Gazeta do Acre: