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Presidente da Fecomércio/AC fala das dificuldades da trafegabilidade acreana

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio/AC), Leandro Domingos, concedeu, na última semana, entrevista a um jornal impresso local para discutir as situações da Ponte do Rio Madeira e, também, das estradas acreanas. Domingos reiterou que a Fecomércio/AC está engajada para o pleno funcionamento da trafegabilidade no Estado.

Ainda segundo o presidente, a Fecomércio/AC sempre foi parceira nos pleitos para construção da Ponte do Rio Madeira, no trecho do Abunã. O presidente explicou, ainda, que a Fecomércio/AC, juntamente com outras entidades conseguiram, apoio dos políticos acreanos e rondonienses, que a obra tivesse início, complementando também que a crise política e econômica trouxe obstáculos.

“A construção da ponte continua, porém em ritmo extremamente lento e com contingenciamento de recursos, o que nos leva a crer que a obra não é prioridade para o Governo Federal”, explicou, alegando ainda que a seca do Rio Madeira, em 2017, evidencia a necessidade de urgência da conclusão da obra. Os motivos principais, segundo Domingos, seriam ligados à prevenção de danos considerados irreparáveis à economia e ao povo acreano. “Diante destes fatos, surge a necessidade de uma urgente ação das entidades empresariais junto aos órgãos do governo federal, conjuntamente com as bancadas parlamentares do Acre e Rondônia, no sentido da alocação de recursos para a conclusão dos trabalhos”, afirmou.

Para Domingos, a construção da ponte beneficiaria tanto o Acre quanto Rondônia, tendo em vista que dará ao estado rondoniense a possibilidade de escoamento de produção de agro negócio pela Estrada do Pacífico.

Estradas acreanas – Leandro relembrou que o Acre tem, basicamente, a BR-364, responsável por ligá-lo ao resto do Brasil. Porém, para o presidente, a estrada não teria padrões aceitáveis.

“A nossa BR 364 tem o padrão de um ramal, dada a sua estrutura, fato que a leva a necessitar de uma intervenção constante de reparos. Como isto não ocorre, as estradas, notadamente as federais, estão em situações precárias, o que conduz a um atraso, no desenvolvimento regional e elevação do custo de vida da população acreana”, afirmou, complementando que, não bastasse esta situação, as travessias dos rios e igarapés existentes ao longo das rodovias são precárias. “Propiciando riscos de acidentes tantos aos veículos que ali transitam quanto às pessoas que as utilizam. Citamos como exemplo a travessia do Madeira no Abunã: há anos o Acre luta para conseguir a construção de uma Ponte. Conseguiu aprovar o projeto, mas a ponte se arrasta a passos de tartaruga”, refletiu.

A Estrada do Pacífico, segundo Domingos, foi construída com a finalidade de desenvolver o Acre e abrir um canal mais curto de exportação de produtos brasileiros a países asiáticos. Mesmo assim, o presidente considerou que ainda haveria gargalos e, enfático, reiterou que colocariam em risco o transporte e encareceriam os produtos.  “A exemplo da própria travessia do Madeira e a ponte que interliga Epitaciolândia a Brasileira que, embora existente, pode-se dizer que é uma ponte para travessia de pedestres e não para veículos automotores dada a sua constituição”, enfatizou.

Domingos salientou que estas seriam as principais causas da elevação dos custos de produtos e serviços no Acre. “As entidades empresariais do Acre têm tentado sensibilizar a bancada federal do Acre para se unirem a de Rondônia e resolverem, juntos, os problemas das rodovias da Amazônia, visto que ainda é a modalidade de transporte preponderante”, finalizou.

 

 

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