“A ação do governo do Acre, sem bandeira partidária, é sobremodo necessárial, pois é triste saber que em municípios carentes do Estado, para não citar outros Estados, a maconha e cocaína correm soltas…”
No Brasil, é o que ecoa nos quatro cantos da nação, estamos todos experimentando um caos: na saúde, na segurança pública; na educação; etc. Nesse caso, diante dessa quase catástrofe social, que nos abala, aventar a “legalização da maconha” é um discurso inócuo, simplório e sem sentido. Visto que, mesmo com todos os esforços do “poder público”, o consumo de drogas aumentou drasticamente. Não é mais uma epidemia, um surto pura e simplesmente, é uma endemia, uma peste generalizada. O mundo pode ser simbolizado, hoje, pela sua adesão às drogas, como um corpo canceroso, com metástases (Do grego Metástases) sede da afecção, enfermidades, espalhadas em todos os órgãos vitais.
O sentimento em geral que se tem, em relação ao problema, é que todas as entidades estão impotentes diante do avanço inexorável do mundo das drogas. Por onde ando, ouvindo palestras sobre o assunto nefasto, ouço sempre uma velha máxima dos centros e clínicas de recuperação: o Estado é impotente; a família é impotente; a igreja é impotente; a ciência é impotente. O sentimento em geral que se tem, em relação ao problema, é que todas as entidades estão impotentes diante do avanço inexorável do mundo das drogas. Vale ressaltar que nessa luta da família pelos seus entes, contra o mal inescrutável das drogas, há pais e famílias que em total desesperança abandonam o combate demonstrando descontrole emocional e grande desespero.
Portanto, ficamos a nos auto indagar se existe libertação para tão grande mal, ou se há, ainda, esperança para todos aqueles que estão no fundo do poço existencial. As famílias, e são muitas, que convivem, na própria carne, com esse tipo de problema, vivem a realidade cruel de quem se encontra numa situação que mais parece “um beco sem saída”. Será que há uma tábua de salvação onde possamos nos agarrar?Uma esperança em que possamos ser salvos desse mar encapelado das drogas? Há remédio, leitor, para reverter essa caminhada trágica do tráfico e consumo das drogas?
Perante os fatos, seria a “legalização da maconha” no Brasil, como quer o FHC e ou em nível de Acre, como expressou da tribuna da Assembléia Legislativa do Estado o Deputado Daniel Zen, uma solução?
No caso específico do Acre, talvez ganhássemos status mundial e, quem sabe, receberíamos visitas ilustres: Sting, Rolling Stones; etc e tal. Mas, estaríamos mexendo num vulcão dos infernos. Contrariando interesses dos senhores do tráfico. Gente sem escrúpulos, malvada e pronta em incendiar não somente ônibus, mas a cidade inteira. Não podemos ignorar, que a esta altura do campeonato, não há, racionalmente, forças para debelar essa desgraça social. Podemos sim, buscar recursos legais, seja lá onde for, como fez e está fazendo o governo estadual, para conter esse avanço irresístivel do comércio de drogas. A ação do governo do Acre, sem bandeira partidária, é sobremodo necessárial, pois é triste saber que em municípios carentes do Estado, para não citar outros Estados, a maconha e cocaína correm soltas deixando seu séqüito de inditosos. É fácil constatar a “olho nu”, infelizmente, que municípios necessitados de infraestrutura básica; desprovidos de educação fundamental; indigentes do ponto de vista de assistência médico-hospitalar, improdutivos no campo da lavoura, alguns deles importam até cheiro-verde; despojados de cidadania em função das injustiças sociais e carentes de programas culturais benéficos ao corpo e ao espírito, estejam contaminados pelo tráfico e consumo de drogas.
É preciso enfatizar, para não haver contradição, que o Brasil, é um campeão de consumo de maconha. Segundo dados recentes, 1,5 milhões de pessoas usam MACONHA diariamente. Eu disse: diariamente! Isso, sem falar que no país, tem 2,6 milhoes de usuários de crack e cocaína. Infelizmente!!