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Fácil de prever

Com a apresentação da segunda denúncia do procurador-geral da Justiça, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra o presidente da República, Michel Temer, por organização criminosa e obstrução à Justiça é fácil de prever o que acontecerá nos próximos dias ou semanas.

Como ocorreu com a primeira denúncia, a romaria de deputados federais será ainda maior entrando e saindo no Palácio do Planalto para negociar e exigir bilhões de reais para livrar o presidente de ser processado e desapegado do cargo que, aliás, nunca lhe pertenceu por direito.

E é fácil prever também as consequências dessa negociata: a contenção ou desvio de mais recursos que seriam destinados aos serviços públicos essenciais, como os da Saúde, Educação e Segurança Pública, observando-se que, com a primeira denúncia, algumas instituições como universidades públicas, foram ameaçadas de fechar as portas.

Além disso, a crise institucional e política se agravará e o país deverá perder o resto de credibilidade diante das nações democráticas, com graves consequências para a economia nacional.

A última esperança que resta, se houvesse um mínimo de dignidade ou vergonha, seria a renúncia do presidente, mas nem isso a sociedade pode esperar de quem está sendo denunciado de formar uma verdadeira “organização criminosa”.

A Gazeta do Acre: