Estarrecida, a sociedade brasileira acompanha o confronto armado entre as facções criminosas com a polícia e o Exército na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, que mais parece uma “guerra civil” com a movimentação de tropas e os intensos tiroteios.
O que impressiona é que nenhuma autoridade estadual ou federal, até agora, fez uma análise mais abrangente das verdadeiras causas que produziram essa situação, não só no Rio como em outras metrópoles do país.
Certamente, que os fuzis e outras armas que estão em poder dos traficantes não foram fabricados na favela da Rocinha nem as drogas, que seriam o motivo da disputa entre as facções criminosas.
Ou por ignorância ou porque não querem admitir, qualquer leigo sabe que essa situação se deve à omissão do Governo Federal na vigilância das fronteiras com os países produtores e exportadores de drogas e por onde passam também um verdadeiro arsenal de armas das mais sofisticadas.
Por isso mesmo fazem todo o sentido a iniciativa e a insistência do governador do Estado, Tião Viana, em promover no próximo mês um encontro nacional com os governadores da Amazônia e de outras regiões, com a presença de ministros, para debater essa questão.Talvez, então, se darão conta de um plano nacional de segurança para combater o narcotráfico em suas origens, ou seja, nas fronteiras.