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Digo não aos ranzinzas

[dropcap]S[/dropcap]e tem uma coisa que é contagioso é mau humor. E o pior que é um negócio tão para baixo que só de responder um boa tarde, ou não, é possível perceber a vibe da pessoa. É ou não?
E nem to falando daquele mau humor matinal, numa segunda-feira, hehehehehehe! E como não se deixar contaminar? Eu prefiro me afastar! De coisa ruim, o mundo está cheio e se eu puder evitar, certamente o farei.
Quem tem esse comportamento que me perdoe, mas pra mim é uma tremenda falta de educação. Ninguém tem culpa dos problemas que você trás de casa ou do trabalho. Se a tua vida está ruim, muda ou cresce.
Eu acredito que uma boa parte dos ranzinzas deve ser por conta da liberdade com que pessoas próximas permitam esse tipo de comportamento. Comigo, esse tipo de comportamento não se cria.
Aí quando o sapatinho aperta, o mau humor fica de lado e uma máscara de madeira oca toma de conta. Quem não conhece alguém assim?
Eu prefiro estar rodeada de pessoas que mesmo com problemas estão rindo, brincando. Fica até mais fácil ajudar, né? E a convivência fica muito melhor. A vida fica muito melhor, apesar de todos os problemas. Afinal, cada um tem os seus! E cada um sabe o peso que eles têm.
O mau humor não é apenas um problema que atrapalha a convivência social. Quando é muito frequente pode se tratar de uma doença que precisa de tratamento. Chamado distimia, o distúrbio psicológico atinge 3% da população mundial, o que significa cerca de 180 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Trata-se de uma doença que não pode ser subestimada. Quem apresenta mau humor com muita frequência corre um risco 30% maior de desenvolver depressão ou algum tipo de fobia. Também há um grande risco da pessoa se envolver com drogas ou álcool, na busca ilusória de acabar com a irritação.
Então, por favor, péssimos humorados, procurem ajuda. Pelo bem da convivência social harmoniosa.

“Ninguém tem culpa dos problemas que você trás de casa ou do trabalho”

A Gazeta do Acre: