Em um mundo marcado, sobretudo pela alta competitividade, isolamento e individualismo, um conceito muito caro à filosofia e que merece nossa atenção nos dias atuais: AMIZADE.
Não foram poucos os filósofos que se debruçaram na definição de amizade. Sócrates, por exemplo, já dizia que “para conseguir a amizade de uma pessoa digna é preciso desenvolver em nós mesmos as qualidades que naquela admiramos”.
Em minha opinião, a amizade é uma virtude. Sem um amigo, a vida é tênue e, em muitos momentos, praticamente impossível superar as dificuldades que cruzam os nossos caminhos. Com o amigo, desenvolvemos a nossa própria personalidade, aprendemos a nos conhecer pelo seu olhar e a conhecer o mundo sob novas perspectivas.
A amizade é cooperação, ética, respeito, ausência de pré-julgamentos e preservação da vida. A base da amizade está na descoberta do avesso, das dúvidas e angústias, da valorização das qualidades e da aceitação dos próprios defeitos e dos defeitos do outro.
Está implícito, portanto, o sentido de tolerância, o respeito às diferenças e limites de cada um. O amigo não espera um benefício ou retorno qualquer pela dedicação e cuidado que oferece.
O amor da amizade é um amor a si mesmo e ao outro, por ele ser mais do que o próprio reflexo no espelho. Ama-se o outro “eu”, a quem se doa para a sua felicidade. Ensinamos o outro e aprendemos com ele. Construímos juntos uma história em comum e desenhamos a trama da felicidade para ambos.
Tão importante quanto ter amigos do peito é fazer novas amizades durante toda a vida. Mas você já reparou que, conforme vai envelhecendo, fica mais difícil fazer novos amigos – e as amizades antigas parecem muito mais fortes? Em todo o caso, o que importa é ter amigos, pois, eles trazem leveza para nossa vida.
“Sem um amigo, a vida é tênue e, em muitos momentos, praticamente impossível superar as dificuldades que cruzam os nossos caminhos”