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Operação também repercute na Câmara de Rio Branco

Os desdobramentos da segunda fase da Operação Midas, deflagrada na última sexta-feira, 1º, que culminou com a prisão do ex-diretor da Emurb, Jackson Marinheiro, também repercutiu na Câmara Municipal de Rio Branco. O debate teve início quando os vereadores da oposição tentaram ligar o nome do prefeito Marcus Alexandre (PT) ao escândalo de corrupção da Emurb.

O pemedebista Roberto Duarte disse “não ter dúvida de que os buracos na cidade de Rio Branco são fruto da onda de corrupção na Empresa Municipal de Urbanização”, seguido do democrata N. Lima, que afirmou que o prefeito Marcus Alexandre (PT) tinha conhecimento dos atos de corrupção na Emurb. “Essa cidade está se acabando em corrupção e o prefeito diz que não sabia de nada”, disse.

O vereador petista Mamed Dankar (PT) ressaltou que a oposição erra ao generalizar o assunto. “Não podemos ser levianos diante de um assunto tão sério como essa notícia sobre atos de corrupção dentro da Emurb. Desde o início, o prefeito Marcus Alexandre tem auxiliado nas investigações. Como atribuir culpa a ele se está colaborando com a polícia?”, questionou.

Ele frisou ainda que a corrupção não tem cor e nem partido, contradizendo a fala da vereadora Lene Petecão (PSD). “A corrupção não tem cor e nem partido, ela tem endereço, está no coração de pessoas mau-caráter deste país. Ela não está na instituição, ela parte do mau-caratismo de qualquer um, seja vermelho, verde, azul, branco, amarelo”.

Bomba no PT

O momento mais acalorado do debate ficou por conta do oposicionista N. Lima (DEM). Ele frisou que a única forma de acabar com a corrupção no país seria jogar uma bomba em cada diretório do PT. “Esse caso aí da Emurb está para provar como andam as coisas. Nossa cidade está acabada, só buracos”, frisou.

Em resposta à declaração do colega de parlamento, o líder do PT na Câmara, Rodrigo Forneck, salientou que discursos de ódios não deveriam ser proferidos na tribuna do parlamento municipal.  “Esse tipo de discurso é intolerável. Vir aqui falar em jogar bomba em diretório de partido é um absurdo”.

Forneck lembrou que o partido de N. Lima é considerado o mais corrupto do país. “No ranking dos partidos mais corruptos, o DEM se apresenta em primeiro lugar, seguido do PMDB. O PT aparece apenas na 9ª colocação. Portanto, se o senhor está disposto a acabar com a corrupção por meio de uma bomba, deve jogá-la nos diretórios do seu partido”, finalizou.

 

 

A Gazeta do Acre: