Ainda sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal para apurar supostos desvios de verbas públicas destinadas à rodovias, pouco ou nada apareceu de objetivo, de concreto, que justificasse conduções coercitivas de supostos envolvidos em tais transgressões.
O que declararam os condutores do processo foi um arrazoado de suposições que, a rigor, à luz da razão e da Justiça, não incriminam ninguém.Muito menos justificam mais um espetáculo pirotécnico com o qual a Polícia Federal tem usado e abusado em suas investigações.
Vale também repetir: nada contra a Polícia Federal que em vários casos tem realizado sim um bom trabalho para desmantelar esquemas de corrupção de organizações criminosas. O que a sociedade não pode aceitar é que essa mesma polícia se arvore acima de qualquer limite, agindo como se o país estivesse sob a tutela de um “estado policialesco”. Embora, esteja sendo governado por um presidente acusado, com provas irrefutáveis, de pertencer a uma dessas “organizações criminosas”.
No caso aqui do Acre, o que a sociedade está a exigir da Polícia Federal é uma atuação mais vigorosa contra o narcotráfico que está entrando livremente pelas fronteiras, que é de sua obrigação combatê-lo, no caso, sim, com todo o rigor da lei.