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Criminosos atiram em grupo e matam duas pessoas no bairro Mocinha Magalhães

Os amigos Railton Mota Trindade e Carlos André Mendes, de 33 e 44 anos, respectivamente, foram mortos a tiros na noite de quarta-feira, 4, no bairro Mocinha Magalhães, em Rio Branco. Segundo a polícia, um grupo de pessoas estava saindo de um beco quando os criminosos passaram em um carro preto e uma motocicleta e atiraram. Parentes informaram que Carlos Mendes estava no regime semiaberto.

Trindade morreu ainda no local. Já Mendes chegou a receber atendimento médico, mas morreu dentro da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) e devem ser liberados aos familiares nesta quinta, 5.

O delegado Cristiano Bastos falou que a polícia já iniciou as investigações, mas ainda não tinha muitos detalhes do duplo homicídio. Bastos confirmou que havia mais pessoas no local quando as duas vítimas foram baleadas.

“A equipe foi no local, colheu as informações preliminares e já temos informações de um possível veículo utilizado junto com a motocicleta. A equipe está em campo para ver se consegue localizar esses veículos e prender os autores do crime. Tem um beco próximo e essas pessoas estariam nesse beco, quando saíram foram surpreendidas pelos criminosos”, esclareceu.

O sobrinho de Mendes, Dicliano da Silva, disse que o tio cumpria pena no regime semiaberto. Silva negou que o tio tivesse envolvimento com organizações criminosas e falou que desconhece o motivo do crime.

“Ele [Mendes] queria dormir lá na minha casa quando uma pessoa ligou dizendo que ele tinha sido executado. Não temos nenhuma ideia. A família está sem saber o que pensar porque ele não era de facção criminosa, tinha saído da cadeia e estava pagando. Ouvimos falar que passou um carro atirando e que ele morreu dentro da ambulância”, lamentou.

Os familiares de Railton Trindade, que pediram para não ser identificados, falaram que ele não tinha envolvimento com crimes e nunca foi preso. Eles acrescentaram que Trindade trabalhava como autônomo e era uma pessoa tranquila. “Ele vivia lá pelas colônias. Eles eram muitos amigos. Não tinha nem passagem, nunca foi em uma delegacia”, comentou um parente.

Carlos André morreu durante atendimento na ambulância do Samu (Foto Arquivo pessoal)
A Gazeta do Acre: