Viver a vida ou se afogar em um mar imensurável de preocupações? Este é um dilema mais do que aceitável em um mundo como o nosso. Um mundo em que informações são bombardeadas a todo instante aos nossos cotidianos, sem ao menos pedir licença. E, na maioria de vezes, elas não têm um final feliz. São notícias sobre tragédias ambientais, mudanças climáticas, escassez de recursos naturais, desmatamento, extinção de espécies, buraco na camada de ozônio, poluição…
Todos são assuntos que parecem distante da nossa realidade. Como se estivessem acontecendo em uma galáxia muito distante, em um tempo diferente do nosso. E nos tornasse impotentes quanto à solução deles. Mas que, ao mesmo tempo, aprendemos desde cedo, ainda na escola, que não são. Eles estão mais perto do que se imagina, reivindicando que façamos a tal da ‘nossa parte’. Presentes em nossas vidas, lutando para que nossas mentes em negação os enxerguem.
E, como todo bom oprimido, eles um dia deixam esta condição para se tornarem opressores.
O meio ambiente deixa de ser vítima e passa a ser nocivo. Vira vilão. Só que a natureza não destrói as construções, as proezas dos homens à toa. Não é ao acaso e muito menos são catástrofes planejadas. Elas simplesmente acontecem, como uma reação a nossas ações.
E aí entra a dualidade da reflexão: os culpados são ‘eu’ ou ‘nós’. Fatos ou alarmismos. Ficção ou realidade. No que acreditar? Talvez as pessoas devam parar de buscar uma resposta em tudo o que veem na TV ou leem na internet. A melhor verdade é aquela que faz parte das nossas vidas. Tenha certeza que aprender a prestar mais atenção no seu dia-a-dia vai te dar mais certezas do que questionamentos. E as perguntas que, por ventura, surgirem, saiba que faz parte da sua jornada rumo a uma consciência mais correta. Da sua eterna busca por uma resolução.
Vivemos em um Estado que sobrevive graças a suas riquezas naturais. E quando as desrespeitamos, há alagações, o rio toma conta de estradas, temporais teimam em se repetir e frentes frias não se cansam de mudar nosso tempo. Tudo fica imprevisível. Consequências.
E tudo isso só leva a uma conclusão final: precisamos ler mais, nos informar e compreender melhor este mundo incrível e complexo que nos cerca. Mas esta expansão de nossos horizontes sobre a realidade que segue o seu ritmo natural e atropela o comodismo das rotinas pacatas de maior parte da população deve ser maior do que conceitos. Maior do que planos, ações coletivas ou palestras sobre meio ambiente. O primeiro sopro de consciência deve ser subjetivo. Partir de cada um, enxergando o curso da sua vida. Partir do individual até uma onda mais coletiva.
Pense nisso… Afinal, são com as ideias que tudo começa.
“Precisamos ler mais, nos informar e compreender melhor este mundo incrível e complexo que nos cerca”