Os últimos dias têm sido regados do sentimento saudade. Quem dera pudéssemos voltar no tempo e vivenciar tudo aquilo que nos marcou. Sinto saudade da minha infância. Tempos bons, de paz, tranquildade, alegrias, gargalhadas.
Confesso que sou fã das novidades que a evolução tecnológica nos proporcionou, porém, não troco o meu período de criança por nada disso. Correr no quintal da casa da avó, se reunir com os amigos em frente da casa, brincar de esconde-esconde, subir no pé de goiaba (eu fiz muito isso, rs), andar de patins na rua, enfim, viver uma vida que não se resume apenas a ficar em frente a televisão, vídeo game, smartphones ou tablets.
O mais legal era tentar visualizar o futuro. Como será a minha vida quando eu tiver 30 anos?… cansei de me fazer essa pergunta. Objetivos traçados, só esperando o momento certo de correr atrás deles. A mente de uma criança guarda um mundo infinito de conquistas. Pelo menos a minha sim.
Tenho muitas lembranças boas em mente. A conviviência com os amigos, sem sombra de dúvidas, são uma das melhores partes. Até aquela briga com a irmã, nos dias de hoje se torna engraçada.
Pois bem, o tempo chegou. Muito do que foi traçado, foi conquistado. Algumas prioridades mudaram, mas no final, o resultado foi maior do que o esperado e desejado. Claro que as conquistas foram acompanhadas de perdas. Nunca pensei que durante meu trajeto de vida perderia minha irmã. Aconteceu. Ter que enterrá-la foi a pior experiência que vivenciei até hoje. Em contra partida, a melhor experiência vivida se chama Júlia e Gabrielle, minhas pequenas que amo de paixão.
Ao longo desses anos aprendi que não podemos desperdiçar nenhum momento de nova vida. Gargalhar quando tiver vontade, chorar quando quiser, ficar com raiva quando necessário. É preciso viver. Ser feliz não é viver apenas momentos de alegria. É ter coragem de enfrentar os momentos de tristeza e sabedoria para transformar os problemas em aprendizado. É traçar metas e correr atrás de realizá-las.
Enfim, o tempo passou, mas ainda existe um futuro. Sempre existirá. Só depende de nós escrevermos essa história. Não podemos esquecer: sempre quando houver “semeadura”, haverá “colheita”! Cada um recebe na proporção que planta. Quanto mais você planta, mais você colhe. Se um fazendeiro plantar uma semente, ele terá uma árvore, mas se ele plantar milhares de sementes, ele terá uma colheita abundante. Vida que segue.
“Ao longo desses anos aprendi que não podemos desperdiçar nenhum momento de nova vida”