Empresários acreanos estiveram reunidos, no fim da tarde de quarta-feira, 22, na sede da FIEAC, para participarem de um encontro para discutir o futuro da indústria gráfica. A programação também incluiu a transmissão, por videoconferência diretamente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), do XVI Seminário da Indústria Gráfica do Norte e Nordeste 2017.
Realizado em parceria com o Sebrae, a videoconferência teve como palestrantes o renomado economista Silvio Araújo, consultor da CNI, que falou sobre “Desafios e perspectivas para o setor gráfico no Brasil”, e o mestre em administração Hamilton Costa, que abordou o tema “Gestão da tecnologia da inovação de produtos com serviços”.
Antes de iniciar a videoconferência, o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Acre (Sindigraf), José Afonso Boaventura, agradeceu a participação dos presentes e destacou a importância do encontro. “Temos certeza de que colheremos bons frutos dessa discussão. Por isso, aproveitem”, frisou.
Também falaram, antes de ter início a videoconferência, o diretor-regional do SENAI, César Dotto, a superintendente do SESI no Acre, Gisélia Belmina, e o superintendente do IEL-AC e da FIEAC, Jorge Luiz Vila Nova, que detalharam aos empresários o portfólio de serviços e produtos de suas instituições.
Em sua palestra, o consultor da CNI Silvio Araújo comentou que, assim como outros setores, o segmento gráfico vive um momento bastante crítico, no qual as empresas grandes, médias e pequenas viveram dois anos muito complexos, quando houve uma compressão acentuada nos negócios da área editorial. No entanto, o economista prevê um crescimento do ramo em 2018.
“Não quero dizer iremos crescer muito, mas vamos recuperar os 20%, 25% que a indústria gráfica perdeu nos dois últimos anos. Isso já está começando a acontecer, no entanto, muitos gráficos ainda não perceberam em virtude de que suas ‘antenas’ não estão ligadas em direção ao mercado. Mas reforço: 2018 será um ano gratificante para a indústria gráfica”, assinalou.
Debate e avaliação
Após a videoconferência, o assessor de Relações Institucionais da FIEAC, Assurbanípal Mesquita, ressaltou aos empresários a importância do associativismo e explicou todo o apoio que a CNI, o Sistema Federação das Indústrias do Acre e Sindigraf podem dar às indústrias e empresas do segmento gráfico.
Houve também um debate de avaliação, em que os presentes puderam apontar as maiores dificuldades do ramo, bem como alternativas que possam auxiliar no desenvolvimento do setor.
Elevada carga tributária, escassez de mão de obra qualificada, falta de orientação para formação de preços dos serviços, informalidade e falta de incentivos para a produção foram alguns dos principais problemas levantados pelos empresários gráficos. Ainda durante o encontro, ficou acertado a realização de um calendário de reuniões com a proposta de avançar nas demandas do segmento.
Antônio Leônidas, proprietário da gráfica Printac, avaliou como positivo o encontro. “É fundamental que os sindicatos industriais e FIEAC se mobilizem em defesa dos interesses comuns do setor. Precisamos que isso ocorra permanentemente. O momento exige muitos cuidados, já que inúmeras empresas fecharam as portas e outras várias estão em dificuldade. Com relação às palestras, sem dúvida alguma foram muito enriquecedoras”, pontuou. (Assessoria FIEAC)