DA REDAÇÃO
Após aparecer em um vídeo no WhatsApp manuseando uma submetralhadora e confessar ser integrante de uma facção criminosa no Acre, o advogado Manoel Elivaldo Batista de Lima Júnior teve, na sexta-feira, 24, o registro profissional suspenso preventivamente por 90 dias pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB-AC).
O presidente da OAB-AC, Marcos Vinícius Jardim declarou que a conduta de Lima foi inadequada, ofendeu a classe profissional. Ele afirmou ainda que a atitude do advogado não condiz com as normas da instituição e que um procedimento administrativo para apurar o caso vai ser instaurado.
“A OAB tem um trâmite de atuação administrativa. Quando um advogado toma uma conduta inadequada, estamos autorizados, dentro dos parâmetros que a Ordem tem, a instaurar procedimentos de ética e temos a sanções adequadas a irregularidade cometida. Vi alguns vídeos do advogado portando a arma e tive a informação de que a arma é adulterada”, disse Jardim.
Com base ainda no vídeo o advogado teve sua prisão preventiva decretada. Durante entrevista coletiva, os delegados Alcino Júnior e Pedro Resende e os secretários de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela, e de Segurança, Emylson Farias, falaram sobre o caso.
Segundo o delegado Pedro Resende, o advogado “vai responder possivelmente por porte ilegal de arma de fogo, disparo de arma de fogo e ainda por participar ou integrar organização criminosa”.
O secretário de Segurança do Acre, Emyson Farias, disse que o estado não pode tolerar esse tipo de atitude de nenhum cidadão. “Não condiz com o ordenamento jurídico a prática de crime e desrespeito moral e ético. Esse tipo de situação a gente não vai permitir que as instituições sejam manchadas por pessoas que deliberadamente praticam crimes. Essa e uma ação forte do estado e da polícia e nós vamos sempre agir”, falou.