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Indignação

Só quem passa pela situação é que sabe o que sente. Então aqui, eu vou tentar, embora eu ache que não vá conseguir, explicar o sentimento de decepção e indignação para com a atual situação do brasileiro, pobre e sem instrução que tenta matar um leão por dia, vendendo o almoço para comprar a janta, tem vivido.
Esse mesmo brasileiro que depositou seu voto e confiança num político. Que com uma boa conversa se mostrou interessado em resolver o sue problema. Criar postos de trabalho, melhorar a qualidade da saúde, garantir educação para os filhos e costurar uma rede que vá garantir uma boa vida na velhice.
Pois bem, parece um roteiro de filme, né?! De repente, o peso da realidade é tão real quanto a falta de comida no prato. Enquanto isso, na televisão doleiros, ministros, empreiteiros, são presos acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Além dos milhões e bilhões desviados que poderiam melhorar a vida de muitos brasileiros. Não precisa ir longe, vá até um posto de saúde ou a uma delegacia de polícia. É notório que falta muito. Culpa dos servidores? Eu acho que não. Eles são tão vítimas quanto o público que agoniado procura os serviços.
Ao ver como o povo está precisando do básico e de gente que deveriam cuidar das pessoas e do bem estar delas, só pensam e agem em benefício próprio é partir o coração.
E o pior de tudo é colocar justificar a corrupção como sendo algo normal, tradicional que ocorre desde a época da colonização portuguesa. Quando os colonizadores vieram ao Brasil para explorar as riquezas naturais, sem se preocuparem com os índios, como defendem alguns historiadores.
A corrupção é marcada pelo clientelismo, o nepotismo e o oligarquismo. Tudo passa a ser um jogo político. E uma saída para essa situação acabar ou diminuir seria preciso reduzir os cargos públicos comissionados, reformar a legislação, oferecer pagamentos justos a todas as categorias profissionais e regular e fiscalizar todas as instituições do governo.
Quem vai ter ‘peito’ para encarar um desafio desse? E será o que o brasileiro calejado do início do texto vai reconhecer as boas iniciativas e práticas necessárias para melhorar a vida de todos nós.

 

“Pois bem, parece um roteiro de filme, né?! De repente, o peso da realidade é tão real quanto a falta de comida no prato”

A Gazeta do Acre: