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Com período de chuvas, qualquer entulho perto de caso pode se transformar em criadouro do Aedes aegypti

 

Com a chegada do período de chuvas, o fantasma de doenças como dengue, febre chikungunya e zika vírus volta a assombrar a população. É nessa época que o mosquito transmissor dessas doenças, o Aedes aegypti, procura, no acúmulo de lixo, o ambiente propício para se proliferar.

O último Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) do Ministério da Saúde mostrou que a maior parte dos criadouros do mosquito no Acre está na grande quantidade de depósitos encontrados no lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção. Por isso, a população precisa intensificar a vigilância para evitar esses tipos de criadouros.

Preocupada com a saúde da família, a dona de casa Marlene Gomes diz que está sempre de olho no quintal de casa. “Aqui eu sei que não tem foco do mosquito. Mas, não posso falar o mesmo dos vizinhos. É preciso uma conscientização de todos”, destacou.

A atitude da dona de casa está correta. A maneira mais efetiva de lutar contra o Aedes aegypti é acabando com o criadouro e, assim, impedindo o nascimento do mosquito.

O LIRAa foi consolidado em 24 de novembro e apontou que 4.552 cidades de todo o país fizeram o levantamento, sendo que, destes, 2.833 municípios estão com índices satisfatórios, ou seja, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada.

Estão em alerta 1.310 municípios, com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e 409 em risco, com mais de 4% das residências com infestação.

Por todo o Brasil houve redução nos casos de dengue, zika e chikungunya em relação ao ano passado. Apesar dessa diminuição, é preciso que a população continue atenta no combate ao mosquito, pois ninguém está livre dessas doenças, alerta o Ministério de Saúde.

O Governo Federal mantém todas as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. Para isso, o Ministério da Saúde garante orçamento crescente aos estados e municípios, com ampliação de 83% nos últimos anos. Para 2017, a previsão é que o orçamento chegue a quase R$ 2 bilhões. Além disso, desde novembro de 2015 foram repassados aproximadamente R$ 465 milhões de reais para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias, além de quase R$ 400 milhões para assistência à saúde.

FOTO/ DIVULGAÇÃO

O que é o LIRAa?

O Mapa da Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do mosquito. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.

O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.

Categories: Flash
A Gazeta do Acre: