X

Pesquisa aponta expectativa de melhora para o mercado de trabalho em 2018

 

A economia brasileira começou a dar sinais de recuperação e o mercado de trabalho vem apresentando melhoras. Segundo pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre novembro e outubro, o Indicador Antecedente de Empego (Iaemp) subiu um ponto e alcançou 103,9 pontos – o maior nível já registrado desde 2008.

Na prática, os números mostram a evolução do emprego a curto prazo. A pesquisa mede a tendência de contratação no país. Quanto maior a pontuação, mais forte a intenção de contratação.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – somando empregos formais, informais, entre outras formas de geração de renda –, mais de 1,7 milhão de pessoas voltaram a trabalhar ao longo do período de um ano. O Brasil já possui um saldo de 303,2 mil postos de trabalho criados em 2017.

Segundo o economista Carlos Franco, o avanço no mercado de trabalho começou em julho, quando o setor industrial brasileiro começou o processo de retomada de contratações.

No Acre, diferente de outras regiões, o período de contratações inicia entre novembro e dezembro, quando o comércio oferece vagas de trabalho temporárias. “O nível de contratação está sendo maior que o de demissões desde o mês de julho. Esse crescimento do emprego no segundo semestre de 2017 gera uma expectativa boa para o primeiro semestre de 2018”.

Emprego temporário

Para quem está em busca de um trabalho, as vagas temporárias para o fim do ano, sobretudo no comércio, podem representar uma possibilidade de contratação definitiva, segundo o economista. Além disso, o emprego provisório é uma opção de renda extra para os gastos de dezembro e janeiro.

“A recomendação é reforçar o currículo, buscar essas vagas temporárias porque é a oportunidade que a pessoa tem de mostrar que sabe fazer algo bem. Vi em uma pesquisa que a expectativa é que 25% dessas pessoas contratadas para vagas temporárias sejam contratas efetivas. Ou seja, a cada 100 pessoas contratadas temporariamente 25 devem continuar no emprego. É uma boa oportunidade”.

Desemprego no Brasil

Apesar do crescimento na taxa de emprego, o país ainda contava com 12,961 milhões de pessoas em busca de emprego no terceiro trimestre. Se comparado ao mesmo período do ano passado, houve um aumento de 7,8% no número de desempregados. A taxa de desemprego passou de 11,8% no terceiro trimestre de 2016 para 12,4% no terceiro trimestre deste ano.

Após três anos desempregada, Tássia Púpio, 33 anos, conta que conseguiu um emprego há poucos dias para trabalhar como caixa de uma loja de presentes. Mãe de duas crianças, ela passou por várias dificuldades e chegou a fazer bazar de suas roupas, calçados e acessórios, para conseguir comprar itens de necessidade básica.

“Passei por vários aperreios. Vários. Poucas pessoas me davam respostas. Foi uma época de desapego e sobrevivência. Logo eu, que sempre fui materialista, tive que aprender, superar e reconhecer que o mundo não  girava ao meu redor. Fiz trabalho de doméstica na casa de amigos, bicos como podia, fiz até trufas para vender na porta da escola do meu filho”.

O economista Carlos Franco

 

 

 

 

 

 

Categories: Flash
A Gazeta do Acre: