A propósito da informação veiculada por um noticioso eletronico, nesta semana, inserindo a IES Sinal-Faculdade de Teologia Filosofia, dentre as “piores” faculdades no Acre, por conta da nota 02 no IGC (Indice Geral de Cursos), vimos à publico prestar os seguintes esclarecimentos:
Essa nota (02) da nossa IES teve por base o ano de 2015. Todas as instituições que tiraram igual ou menor que 2 no IGC foram convocadas a assumir um protocolo de compromisso junto ao MEC gerando relatórios periódicos sobre o andamento das mudanças e melhorias nas supostas “deficiências” do curso. O que foi feito rigorosamente pela Sinal-Faculdade.
Concluída as etapas do Termo de Compromisso o MEC protocolou uma visita in loco para constatar a veracidade das informações. Essa visita ocorreu em 14 a 17 de maio de 2017. A comissão foi constituída pelos professores: José Antonio Trasferetti e, Clóvis Demarchi. Visita concluída segue abaixo as considerações finais da Comissão de Avaliadores:
“Em razão do acima exposto e considerando os REFERENCIAIS de qualidade dispostos na legislação vigente, nas diretrizes da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) e neste instrumento de Avaliação, o curso de Bacharelado em Filosofia, modalidade presencial, ofertado pela Sinal Faculdade de Teologia e Filosofia, apresenta um perfil SUFICIENTE de qualidade. CONCEITO 03 (TRÊS)”
O relatório dos avaliadores, desta última visita, ainda tramita no MEC, podendo vir à tona a qualquer momento. Contudo, esta é a nota atual do curso de Filosofia ofertado pela nossa IES. CONCEITO 03! Também, é preciso dizer que o fato de qualquer IES obter nota 02, não impede que continue a oferecer seus curso vias vestibulares ou processos seletivos simplificados.
Quanto ao termo “pior” ou “piores”, em nível de Brasil e suas instituições, é relativo e flutuante, como na economia. P.exemplo: O Brasil, outro dia, era a 6ª economia mundial. Hoje, está reprovado, amanhã volta a ser aprovado…enfim!
No entanto, sabemos das nossas reais condições, Afinal, somos uma IES “isolada” que sobrevive à parte das “lobbistas”. Todavia, no dizer do ex-Secretário de Educação/MEC, Ronaldo Mota, em dias idos: “Não há uma norma que proíba a Concentração na Legislação da Educação. Mas, há o RISCO de somente as GRANDES instituições SOBREVIVEREM, o que traz conseqüências educacionais.”
E mais, estamos num contexto de Estado de gente humilde, para não dizer pobre. O Acre, localizado nas últimas fronteiras, é reconhecidamente um Estado de pequeno poder aquisitivo, possue um alto índice de analfabetismo. Há pouco tempo, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Estado, dos 470.975 mil eleitores, mais de 67 mil (14,3%) não sabiam ler nem escrever. Outros 91 mil eram considerados analfabetos funcionais (19% do eleitorado). Uma mancha no nossso cadastro eleitoral”, disse à época o presidente do TRE-Acre, Arquilau de Castro Melo. Os municípios do Jordão e Santa Rosa do Purús, p.ex., estavam entre os mais baixos IDH do Brasil. Contudo, nos últimos anos, através do empenho administrativo das Secretarias de Educação Municipais e Estadual, esses índices tem diminuido consideralmente.
É neste contexto de gente muito humilde, que a Sinal- Faculdade se insere, praticando EDUCAÇÃO SUPERIOR INCLUSIVA, contribuindo para a redução das desigualdades regionais e sociais, através dum pleno exercício de cidadania, promovendo princípios éticos, relevantes para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos; tais como: credibilidade e transparência; compromisso social; visão humanista entre ensino e extensão; comprometimento com a qualidade; gestão participativa; profissionalismo e valorização de recursos humanos e, principalmente, estabelecer um referencial de qualidade, nesta região carente, na formação de profissionais egressos do curso de filosofia.
Ao sentimento do dever cumprido, que satisfaz a alma dos dirigentes desta novel IES, podem ser acrescentadas, numa paráfrase, às palavras de Francis Bacon (1561-1626): “Basta-nos à consciência do serviço bem prestado e a realização de uma obra na qual a própria sorte não poderia interferir.”
*Diretor Geral da Sinal Faculdade/Procurador Institucional junto ao MEC.
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