Com muita propriedade, o secretario de Segurança Pública, Emylson Farias, apontou as principais causas do aumento da criminalidade no Acre, ou seja, as fronteiras desguarnecidas com os países tidos como maiores produtores e exportadores de drogas e, por conseguinte, o surgimento das facções criminosas.
Ignorar essa realidade, como fez a reportagem da BBC Brasil e outros estudos, é ignorância ou má fé e ser atropelado pelos fatos, pois enquanto a reportagem apontava Rio Branco como uma das capitais mais violentas, no mesmo final de semana, 38 pessoas morreram em duas chacinas em Fortaleza e 34 em Natal.
Não adianta tergiversar ou politizar essa questão e o secretário de Segurança, como o governador Tião Viana, são muito claros em afirmar que o Governo Federal, a quem cabe a responsabilidade maior de vigiar as fronteiras, não está fazendo a sua parte. Como outros governadores também já se manifestaram sobre essa omissão.
Só para citar um exemplo, o que não se entende é por que a Polícia Federal, que teria essa incumbência, mobiliza cem, duzentos agentes para fazer uma das tais prisões coercitivas e não dispõe de cem agentes e recursos técnicos para fazer essa prevenção e combate ao narcotráfico aqui no Estado. Aliás, se entende, mas esta é outra questão. Em resumo, essas são as causas e pior seria se o Governo local não estivesse fazendo a sua parte.