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Centro de Línguas oferece oficina sobre cultura e idiomas indígenas

Cerca de 30 professores do Centro de Estudo de Línguas (CEL) participaram na segunda-feira, 26, de uma oficina sobre a Hãtxa kui, língua do povo Huni Kui. A aula, ministrada pelo professor-doutor em linguística Joaquim Mana Kaxinawa, faz parte do planejamento para as aulas de línguas indígenas no estado.

Ao todo, serão ofertadas cinco oficinas de 20 horas, mostrando a cultura e a língua de cinco povos indígenas acreanos, são eles: Huni Kui, Jaminawa, Madija, Ashaninka e Manchineri.

O professor e pesquisador traduz a importância da propagação de sua língua, dizendo: “A escrita surge para fixar todo o conhecimento da convivência de um povo”. Ele é um dos maiores entusiastas da ideia de fortalecer a educação e cultura indígena do Acre.

Segundo a coordenadora do CEL, Claudenice Nunes, as oficinas serão ofertadas ao longo do ano para o público em geral. Interessados devem acompanhar a publicação dos editais e ficar atento às datas de inscrições. O primeiro edital deve ser publico já no começo de março.

Qualquer pessoa que tiver interesse em conhecer mais sobre as tradições e cultura dos povos indígenas pode participar das oficinas.  O objetivo é que futuramente o CEL ofereça cursos de língua indígena, de acordo com Nunes.

Outro público-alvo das oficinas é o povo indígena, sobretudo aqueles que não tiveram a oportunidade de aprender com a família a oralidade ou escrita. “Vários indígenas têm dificuldades de se comunicar”.

Vagas remanescentes para ensino integral

E por falar em educação, as escolas públicas de ensino integral estão com matrículas abertas para vagas remanescentes, em Rio Branco. No total, se te instituições de ensino possuem vagas, são elas: Armando Nogueira, Glória Perez, Instituto de Educação Lourenço Filho (IELF), José Ribamar Batista (Ejorb), Sebastião Pedrosa, Humberto Soares e Escola Jovem Boa União. Vale ressaltar que nos demais municípios não há vagas disponíveis.

O ensino integral foi implantado no Acre em 2017. No novo modelo, os alunos passam a estudar em dois turnos, diferente do modelo tradicional de ensino. A mudança  no processo de ensino-aprendizagem valoriza o desenvolvimento das competências e habilidades individuais dos estudantes.

 

A Gazeta do Acre: