X

No Acre, 30% das startups não conseguem se manter no mercado, diz Sebrae

Principal motivo para o fechamento das empresas é dificuldade de acesso à capital.

Pequenos e grandes negócios nascem diariamente, mas parte dessas novas empresas não consegue se manter no mercado. Uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, aponta que cerca de 30% das startups analisadas fecharam as portas no último ano.

Ao todo, foram ouvidas mais de mil companhias, principalmente de Tecnologia da Informação e da Comunicação (31%), Desenvolvimento de Software (21%) e Serviços (18%).

Segundo a pesquisa, o principal motivo para o fechamento é a dificuldade de acesso
à capital (40%), obstáculos para entrar no mercado (16%) e divergências entre os sócios. No Acre, a realidade não é diferente. É o que diz o coordenador do SebraeLab, Fábio Ortiz.

“O mercado de startups no Brasil como um todo ainda tem um pouco de insegurança jurídica quanto o aceso à capital, principalmente a investimentos. No Acre, ainda é mais complicado porque o movimento de investimento é muito pequeno, e o acesso à capital de uma empresa que está em fase de começar a atuar, com pouco conhecimento e produto diferenciando, para o banco é muito mais complicado acreditar nessa ideia.”

Ortiz aponta algumas dificuldades das empresas em obterem investimento. A falta de informação é um dos obstáculos.

“Mas, existe alguns incentivos chamados de fundo perdido, em que as grandes empresas fazem uma reserva de capital para investir em inovação e tecnologia, e nem sempre tem como investir e acaba virando um fundo perdido. Eles laçam editais para fazer investimentos em empresas, basicamente startups de tecnologias, e poucos empreendedores tem conhecimento desses acessos à capital, e esse dinheiro acaba continuando parado.

Somente em 2017, o Sebrae/AC atendeu 70 novas startups. A principal área de atuação, de acordo com o coordenador, é a de serviços. Este ano, através do SebraeLab, onze empresas estão sendo acompanhadas pela entidade a fim de evitar mais fechamentos, promovendo assistência para estruturação dos negócios, captação de investimentos e inserção no mercado.

“A ideia é que essas startups passem por clico de capacitação que vai durar quase cinco meses, e eles saiam mais preparados para entender e reconhecer o mercado, conseguindo mais capital para eles. O intuito é que eles consigam o melhor capital, que é o do cliente. O cliente investe comprando um produto ou serviço que ele está oferecendo”, finaliza.

 

A Gazeta do Acre: