Com atraso e insensível aos grandes problemas nacionais, o presidente da República, enfim, convocou todos os governadores para debater hoje em Brasília o grave problema da criminalidade que, em vários estados, como o Rio de Janeiro, já fugiu do controle dos governos locais.
No caso do Acre, o governador Tião Viana tem uma grande contribuição a dar neste encontro, porque foi o primeiro governador a chamar a atenção da opinião pública nacional, reunindo-se com vários governadores no ano passado aqui em Rio Branco para debater a grave questão.
Desse encontro, surgiu a Carta do Acre, na qual, constamas devidas medidas que deveriam ser tomadas para prevenir e combater a criminalidade e não haveria praticamente nada a acrescentar neste encontro hoje a não colocar em execução as propostas apresentadas.
Contudo, pelo que foi adiantado, o Governo Federal, ao invés de aumentar os recursos destinados à segurança pública, fez por reduzi-los de R$ 10 bilhões para R$ 8 bilhões e, com certeza, os governadores confrontarão o presidente e seus ministros.
O que não se pode aceitar também é que a controversa intervenção do Exército no Rio de Janeiro seja estendida a outros estados. O que se quer é que o Governo Federal cumpra com sua obrigação de guarnecer as fronteiras para combater o narcotráfico e o contrabando de armas e não um estado policialesco, revistando mochilas de crianças. Ridículo.