As chuvas torrenciais que caíram nos últimos dias indicam que o “inverno amazônico” deve perdurar e, talvez, até se intensificar ao longo deste e do próximo mês e o que se tem a fazer – os poderes públicos e a população – é tomar as devidas providências para não serem surpreendidos, evitando assim mais transtorno e prejuízos.
Como já se assinalou chover na Amazônia, neste período, faz parte do ciclo climático e pior seria se não chovesse para manter seu bioma, com sua rica biodiversidade. O habitante da região, os poderes públicos é que precisam saber adaptar-se e construir suas cidades em condições adequadas a esta realidade. Em não procedendo assim, sofrerão as consequências. Simples assim.
Como isso não foi feito no passado, o que se tem a fazer é, por exemplo, no caso da Capital, que está passando por mais uma situação difícil, de calamidade, é, primeiro, atender a população atingida pela alagação e, posteriormente, ao longo do tempo, corrigir o que precisa ser corrigido. Eliminando, sobretudo, as áreas de risco, impróprias para a moradia, como investindo mais em saneamento básico.
Esta é a questão e é nesta direção que o debate deve ser feito. Politizar o problema com fins eleitoreiros não contribui em nada. Até porque os principais partidos que administraram a cidade têm sua quota de responsabilidade. Alguns mais, como um dos prefeitos que, ao invés de cuidar da cidade, passava os dias pescando.