Com o passar do tempo muitas coisas vão mudando, você envelhece, aprende coisas que jamais imaginou. Várias pessoas vão passar pela sua vida, você vai sofrer por amores que achou que seria para sempre. Vai se lamentar pelo concurso que não foi aprovado ou ficar magoado com o sumiço de alguns amigos que você considerava irmãos “que a vida te permitiu escolher”.
O tempo vai passando e você começa a aprender que algumas pessoas simplesmente não valem a pena. Aquele grande amor, o seu “futuro esposo (a)”, te decepciona, te deixa de lado. Você luta contra tudo e todos, mas no final, é só você consigo mesmo.
“Uma consciência leve e o sentimento de dever cumprido são mais fortes que a língua do povo”
E aí a vida vai seguindo, você se recupera e ao mesmo tempo cria uma bolha protetora ao seu redor, fica receosa e arisca, não quer muito contato. Você encontra o amor novamente, com dois pés atrás, começa a se entregar e nem percebe, já está feito! Não adianta voltar no tempo, agora é arriscar. A vida é feita de decepções, são elas que nos ensinam a viver.
Sua vida começa a ficar corrida, trabalho, faculdade, família, você finalmente cresceu. E as responsabilidades de adultos não são divertidas, horários, compromissos, cuidar da saúde, do corpo e da mente. Você não para. Seus amigos vão se distanciando, afinal todo mundo tem sua vida. Novos amigos chegam, com uma nova rotina é inevitável fugir de novos ciclos de amizade.
Você passa mais tempo no trabalho do que curtindo sua casa, sua família. E quando percebenão se dá conta do tempo que passou. Você começa a olhar as redes sociais e todos seus amigos e conhecidos cresceram (ou não) na vida. Alguns se graduaram, passaram em um concurso ou abriram uma empresa, casaram-se e construíram uma família.
Você para e pensa na sua vida, nas cobranças diárias de pessoas que dizem serem seus amigos, mas no fundo não se importam com você. Para pra pensar quea vaga no concurso tão esperado não foi alcançada, mas tem um bom emprego e está rodeado de pessoas boas. Você não casou, mas tem um companheiro (a) que está sempre ao seu lado. Ainda não tem filhos, mas tem um pai ou mãe para cuidar e amar.
Você amadureceu! Finalmente cresceu. Percebeu que a opinião alheia não importa, e o que importa de verdade é como você vai se sentir bem. Uma consciência leve e o sentimento de dever cumprido são mais fortes que a “língua do povo”. Bem vinda (o) ao mundo adulto, aqui tudo é mais complicado, porém mais gratificante.
Bruna Mello é jornalista.
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