O que seria de nós sem uma luta para travar? Tem gente que luta em busca do tratamento igualitário. Outras que lutam pelo filho prematuro. Ainda tem aquelas que lutam com todas as forças em busca de uma vaga no mercado de trabalho ou na conquista de um grande amor. Independente da luta é ela que nos incentiva a sair da cama todos os dias.
Mas, nem sempre o mundo é um lugar convidativo e as pessoas nem sempre são meigas, puras e confiáveis. As circunstâncias também podem colaborar com a luta como atrapalhar bastante.
Não basta querer com todas as forças possíveis. É preciso se concentrar no desafio e esquecer a dor das topadas nas pedras pelo caminho. Imagina fazer por uma semana? Por dois anos? E por 20 anos?
O cansaço é inevitável. Mas, o prematuro vai crescer. O emprego vai ocorrer também. Pode até não ser o que você almejava, mas vai rolar. E quanto o amor, ele vai estar onde menos você esperar. E quando acontecer vai compensar todo sofrimento daquele caminho cheio de pedras e espinhos. Vai ser mágico.
Estar no ápice é sensacional. Quando não, é mais fácil você lidar com coisas pequenas. Afinal um caminho aberto, dificilmente será fechado. O aprendizado obtido junto com a experiência é algo que irão te deixar.
Não estar no topo é melhor ainda. Seu corpo descansa, o foco nas pequenas coisas aumenta. O problema agora é que você já sabe como se portar como gente grande. A principal indagação agora é como viver diante de tanta mediocridade?
Para uns, a força que se esvaiu percorrendo o caminho vai voltar no instante que a você atingir seu objetivo. Para outros, o choro é forma de expressar o turbilhão de emoções. No lugar da força que incentiva a sair da cama, está um vazio.
Até achar outro motivo para levantar todos os dias, o corpo e mente sentem. O que resta saber é se você quer de fato se doar tanto novamente. Hoje tenho lá minhas dúvidas. E o amanhã? A Deus pertence, porque eu não tenho planos.
“Um caminho aberto dificilmente será fechado”
Bruna Lopes é jornalista.
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