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Acre está na lista suja de trabalho escravo do MPT

A edição atualizada do Cadastro de Empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo divulgado na última terça-feira, 11, possui um total de 166 nomes de pessoas físicas e jurídicas, entre eles, 34 são novos nomes, sendo três em fazendas acreanas.

Foram identificados 31 trabalhadores nas condições mencionadas. Duas dessas fazendas estão localizadas na Rodovia AC-90 e a terceira fica no Ramal Jorge Kalume, todas em Rio Branco. As fazendas acreanas que estão na lista são: Fazenda Perseverança, Fazenda Estância Guanabara e a Fazenda Agropecuária Sorriso.

Os maiores casos de escravidão contemporânea no agronegócio adicionados à lista suja neste ano são o da Fazenda Agropecuária Sorriso (AC) e os das Fazendas Araras e Dois Irmãos, localizadas em Presidente Olegário (MG).

Só lembrando que da fazenda acreana foram resgatados, em 2012, cerca de 13 trabalhadores em condições análogas à escravidão por cerceamento da liberdade de ir e vir.

Além delas, empresas de grande porte como a Cone Brasil, que comercializou alimentos no Rock In Rio, e duas construtoras responsáveis por obras no Programa Minha Casa Minha Vida também aparecem na lista suja.

O Cadastro de Empregadores ficou sem atualização entre o período de dezembro de 2014 e março de 2017. Na Região Norte, os empregadores que constam no cadastro mantinham 223 trabalhadores. O Pará foi o estado com maior número de trabalhadores, com 134. No total são mais de 2.300 pessoas submetidas a “trabalho escravo”, o que é proibido por lei no Brasil.

A divulgação aconteceu apenas após decisão da 11ª Vara do Trabalho de Brasília que no dia 29 de março obrigou a pasta a dar publicidade aos dados atualizados.

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