“Mudar faz parte. O medo que dá também. Afinal, lembre-se que dentro do casulo só cabe uma lagarta. Dentro do casulo, vive-se só”
Quantas vezes você, uma mera lagarta precisou se tornar uma bela borboleta? Seja pelas circunstancias ou um desejo pessoal. Não importa o motivo, o fato é que as transformações físicas, de atitudes e mentais acontecem o tempo todo.
Nesse processo de metamorfose o que nos fascina é como uma coisinha tão feia como uma lagarta pode se transformar em algo tão encantador como uma borboleta. Diante dessa incrível transformação, pouco importa onde tudo isso acontece.
A verdade é que para ser borboleta a lagarta tem que ser um pouco louca e ousada, pois para ser borboleta tem que deixar de ser lagarta. De certo modo, ela tem que querer muito ser borboleta, mais do que tudo o resto.
Na natureza as lagartas não têm escolha. Todas elas constroem o seu casulo e durante a sua metamorfose algumas morrem e outras viram lindas borboletas. Mas, nenhuma delas fica lagarta por muito tempo.
Nós como seres humanos somos privilegiados com o nosso livre arbítrio. O único senão deste privilégio é que a nossa transformação é uma escolha.
E essa é uma escolha que se pode fazer diariamente. A todo momento. As consequências de pegar o caminho norte em detrimento do sul são quase imediatas.
Mas, voltando às transformações. ‘Se a vida não fosse para ser transformada, não haveria borboletas’, como diria Eliane Nochieri.
Mudar faz parte. O medo que dá também. Afinal, lembre-se que dentro do casulo só cabe uma lagarta. Dentro do casulo, vive-se só.
É preciso ter coragem para olhar para dentro e reconhecer o que é, verdadeiramente, melhor para você. Um casulo não é uma prisão. Todos merecem voar.
Bruna Lopes é jornalista.
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