Ponto para a Polícia Federal que deflagrou ontem uma operação destinada a desarticular uma organização criminosa que atuava no contrabando e transporte de cocaína a partir do Acre para outros estados como o Maranhão e São Paulo.
Como se está divulgando foram realizadas 11 buscas e apreensões nesses estados, o que representaria cerca de R$ 300 mil e, de acordo com a avaliação da polícia, redundaria em “um duro golpe no tráfico de entorpecentes, principalmente da cocaína pura”.
Na verdade, é isso que se vem reivindicando da Polícia Federal, que é uma instituição federal e tem a obrigação primeira de guarnecer as fronteiras dos estados com os países tidos como os maiores produtores e exportadores de drogas e o contrabando de armas.
Esta operação pode até ter sido sim “duro golpe” contra este grupo criminoso, mas, na realidade, a Polícia Federal no Acre, como em outros estados da Amazônia deveriam estar realizando muitos outros “duros golpes”, se contassem com mais recursos humanos e técnicos.
Basta observar que nesta operação foram acionados apenas 60 policiais. Convenhamos, um efetivo insuficiente para vigiar cerca de 2mil quilômetros de fronteira do Acre com a Bolívia e o Peru, enquanto se empregam 200, 300 delegados e agentes para realizar conduções coercitivas e prisões de uma, duas pessoas nos grandes centros para alimentar os “espetáculos midiáticos” da decantada Operação Lava Jato.