Matéria reproduzida por este jornal na edição do domingo só veio corroborar e reforçar o que já se sabia: que as fações criminosas, entre elas o PCC, se expandiram pelo país e são responsáveis pelo aumento da criminalidade em vários estados das regiões Norte e Nordeste, entre eles o Acre.
Devidamente ilustrada com um mapa, a matéria aponta como causa principal da expansão desses grupos criminosos a disputa pelo narcotráfico que entra livre pelas fronteiras abertas, escancaradas, com os países produtores e exportadores de drogas e o contrabando de armas.
Como se leu também, usando dados do Atlas da Violência de 2018, os índices da criminalidade nos vários estados pesquisados representam uma “matemática de horrores”. E a seguir passa a citar os estados mais atingidos: o Rio Grande do Norte, com 256%, Sergipe, 121%, Acre, 93%, Ceará, 86%, Pará, 74% e Amazonas com 72%.
Na verdade, isso já sabia e vinha sendo alertado e denunciado pelos governadores desses estados, de modo particular e com mais insistência pelo governador Tião Viana. Contudo, é preciso insistir sobre a questão para cobrar do Governo Federal sua responsabilidade constitucional de guarnecer as fronteiras e, juntamente com os estados, tomar as medidas necessárias para combater esses grupos criminosos.
De outra parte, serve também para desqualificar o discurso de alguns setores políticos que, por motivos eleitoreiros, fingem ignorar e distorcer a causa maior desse aumento da criminalidade. Não se dão conta que estão sendo irresponsáveis e cúmplices dessa omissão.