Mesmo diante da revolta da população e da grave dos caminhoneiros que paralisou o país, provocando sérios prejuízos a vários setores da economia, o Governo Federal, através da Petrobras, insiste na política perversa de reajustes de preços dos combustíveis de acordo com as oscilações do mercado internacional do petróleo.
Como se noticiou ontem, a Petrobras voltou a majorar o preço do gás de cozinha em 4,4% nas refinarias e, embora os revendedores ainda não saibam informar o preço que será repassado aos consumidores, tudo indica que o botijão ultrapassará R$ 80,00 em várias capitais do país mais distantes, como aqui em Rio Branco.
Ou seja, aquilo que já vinha acontecendo, com a população de baixa renda sendo obrigada a trocar o gás por carvão ou lenha, poderá consolidar-se de vez. Aliás, não só a população de baixa renda, como pequenas e médias empresas de restaurantes.
O que não se pode admitir é que um país, que já havia chegado praticamente à sua autossuficiência na produção de petróleo e seus derivados, sofra um retrocesso tão danoso por conta de uma política econômica perversa, que só beneficia as grandes empresas. Pior do que isso, que o Governo agora entregue num leilão persa a preço de banana suas reservas petrolíferas às grandes empresas multinacionais.
O que revolta e indigna é que um Governo ilegítimo, cujo presidente está batendo recordes históricos de rejeição da sociedade, continue a praticar esses desmandos sem a mínima reação de um Congresso Nacional igualmente corrupto e conivente.