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Nos devidos termos

Com as chacinas ocorridas nos últimos dias, reacendeu o debate sobre a criminalidade no Estado e é de todo recomendável que a questão seja analisada em seus devidos termos, com responsabilidade e, sobretudo, com honestidade de propósitos, considerando a sua gravidade.
De um lado e de outro, não adianta ignorar ou tergiversar. Com o processo de interiorização das facções criminosas, o Acre tornou-se uma das rotas nacional e internacional do narcotráfico por falta e omissão absolutas do Governo Federal, que tem a obrigação primeira e constitucional de guarnecer as fronteiras. É um fato incontestável, que não se pode negar.
O Governo local pode até ter despertado um pouco tarde para o problema, mas não se pode negar que o governador do Estado foi o primeiro a alertar sobre a gravidade da situação, reunindo outros governadores para debater a questão e forçar o Governo Federal a assumir suas responsabilidades.
Ao mesmo tempo, tem reforçado sim as forças de segurança do Estado aumentando o efetivo das tropas e dotando-as com mais equipamentos como viaturas, ao mesmo tempo em que tem investido na educação com a abertura de diversos cursos para a juventude, que é o principal alvo desses grupos criminosos.
Esses são os devidos parâmetros sobre os quais se deve conduzir o debate. O resto é política menor eleitoreira, é velhacaria, que não contribui em nada para resolver os problemas e garantir segurança à sociedade.

Fabiano Azevedo: